Neste final de ano e tendo os Serviços de Acção Social da Universidade do Minho visto ser-lhe renovada a Certificação pela APCER, resultado da auditoria que decorreu nos passados dias 3, 4 e 5 de dezembro, e que renovou a certificação do Sistema de Gestão da Qualidade (Norma ISO: 9001:2008) que abrangeu todos os departamentos e sectores e do Sistema de Gestão de Segurança Alimentar (Norma ISO 22000:2005).
Os SASUM
adquiriram a Certificação em 2009. Quais têm sido as
consequências/benefícios deste selo?
Os benefícios da
certificação de qualidade são de vária ordem e desde o início que
assumi a função de Administrador em 2004 que trabalhamos em
equipa no sentido de preparar a organização para a Certificação.
Desde logo, o envolvimento de toda a estrutura foi talvez a
questão mais gratificante de todo o processo, hoje, desde os
dirigentes aos colaboradores mais operacionais, todos participam
ativamente no sistema produtivo dos SASUM e compreendem o seu
papel na organização. Por outro lado, assumimos um compromisso
com a qualidade dos serviços e satisfação dos nossos utentes,
sendo evidente uma melhoria contínua, ano após ano, e que nos é
transmitida diretamente por quem nos procura, seja no contacto
direto seja através dos estudos de satisfação em todas as áreas
da responsabilidade dos SASUM. Por fim acho que os SASUM estão
mais eficientes e mais eficazes do ponto de vista da gestão,
pelos resultados que nos são transmitidos, pelos indicadores e
metas fixadas anualmente.
Os SASUM
foram pioneiros na certificação das suas atividades segundo duas
normas. Ainda são os únicos serviços da Administração Publica com
os dois selos ou já têm seguidores?
Não temos
conhecimento de que outro organismo na Administração Pública que
tenha estas duas certificações de qualidade. Tratamos a questão
da qualidade de forma séria e esta é traduzida em resultados,
facto que levou outros serviços similares a optar por esta
metodologia e pensamos que no curto prazo devem aparecer mais
serviços da nossa área certificados.
Ficamos satisfeitos
por influenciar, de certa forma, os nossos parceiros a adotar
melhores práticas de gestão. Gostamos de estar à frente, de
liderar e de ser um bom exemplo, mas motiva-nos o facto de pensar
que estamos a promover o desenvolvimento e ajudar o País, só
assim poderemos crescer e estar ao nível dos nossos parceiros
Europeus.
Quais foram
os objetivos principais dos SASUM com a certificação por estas
duas normas?
Poderemos dizer que
os principais objetivos do nosso sistema de gestão da qualidade
são: procurar a satisfação plena dos nossos utentes e
colaboradores, garantir boas práticas e métodos de gestão,
nomeadamente ao nível da eficiência e eficácia dos serviços e
trabalhar no sentido da melhoria contínua e desenvolvimento de
nossos serviços e produtos.
Os Serviços
viram agora ser-lhe renovada a Certificação. É difícil manter
estes selos?
Pode parecer, mas
efetivamente não é fácil manter e renovar esta certificação,
nomeadamente para uma organização que tem a seu cargo mais de
duas dezenas de Unidades Alimentares a servir mais de 700 mil
refeições por ano, com uma gestão de 10 edifícios de Residências
Universitárias, com mais e 1300 camas, 4 unidades desportivas com
cerca de 300 mil usos ano e 10.000 utentes, mais de 4.000 mil
alunos bolseiros, fora toda a estrutura de apoio central no apoio
aos recursos humanos, administrativo e financeiro, manutenção,
informática, entre outros. Por outro lado, sabemos que
conseguimos tornar o trabalho da certificação e da gestão de
qualidade mais facilitada, envolvendo todos os colaboradores no
trabalho e nas decisões, trabalhando em equipa e em benefício da
comunidade académica.
Quais os
maiores ganhos para os utentes/clientes dos nossos Serviços com a
Certificação?
Os maiores ganhos
para os utentes são o nível de compromisso que estabelecemos com
eles. O utente dos SASUM tem que sentir que existe fiabilidade
quando nos procura, tem que se sentir satisfeito e confortável
com o uso dos nossos serviços. É absolutamente fundamental,
nomeadamente para os estudantes da Universidade do Minho que
revejam nos serviços uma espécie de extensão da sua família e
este é também o nosso lema, estamos aqui para promover e ajudar
ao sucesso académico através de uma integração plena no "espaço"
universitário.
Certificação
é sinónimo de qualidade e eficiência?
Absolutamente, desde
que os processos de qualidade acrescentem valor, por um lado a
oferta tem tendência a qualificar a nossa atividade e os dados
dos estudos de satisfação que efetuamos dão-nos essa resposta,
sabemos também que a orientação por metas e objetivos devidamente
quantificados nos torna mais eficazes, mas sobretudo mais
eficientes na gestão dos nossos meios materiais e humanos. Hoje
temos a consciência de que fazemos mais com menos "menos
energia".
Nesta última
auditoria quais foram os aspetos onde se detetou a necessidade de
melhorias?
Embora não se tenha
registado nenhuma "não conformidade" e tendo sido elogiados pela
equipa auditora, somos sempre confrontados com sugestões e
oportunidades de melhoria, assim como corrigir ou desenvolver
áreas que podem parecer sensíveis. Iremos trabalhar durante o
próximo ano em alguns aspetos que têm a ver com a segurança
"física" dos utentes, nomeadamente em planos de segurança e
prevenção e continuar a nossa aposta na formação dos recursos
humanos enquanto vetor estratégico do sucesso organizacional.
Os SASUM
estão em busca de mais algum selo?
Após esta consolidação é possível que se desenvolvam mais algumas ideias e se procurem novos desafios, iremos continuar a trabalhar no âmbito da responsabilidade social e na eficiência energética, quem sabe num futuro próximo com a meta de certificar estas áreas. Para já vamos continuar a apostar na sua melhoria.
O que
significa o resultado obtido nesta ultima auditoria realizada no
início de dezembro onde não se registou nenhuma "não
conformidade"?
Significa que o
sistema está a funcionar como desejamos, sem desvios, e que a
organização está toda mobilizada para a qualidade dos
serviços.
Existe um
reconhecimento público e da comunidade académica do esforço
contínuo dos SASUM pela excelência? Em que
aspetos?
Sentimos por parte da comunidade académica o reconhecimento do esforço que os serviços desenvolvem diariamente para servir com qualidade. Nunca ignoramos uma reclamação ou sugestão, estamos aqui para aprender e para melhorar. Gostamos de saber o que a academia pensa e como nos gostaria de ver no futuro, damos muita importância aos estudos de satisfação e vamos começar a divulgar de forma mais ativa a forma de como estamos a tratar no terreno a informação que os utentes nos fazem chegar.
Qual o
sentimento do Administrador dos SASUM com a consagração deste
patamar de excelência dos SASUM?
O sentimento é de
clara satisfação embora não goste de falar em excelência. Também
temos de ser humildes, deixamos a adjetivação e comentários para
os nossos utentes, penso que é o melhor feedback que podemos ter,
preferimos trabalhar dentro do conceito de melhoria continua e de
desenvolvimento.
Como
conseguem envolver toda a equipa neste mesmo objetivo, o qual não
é uma ação esporádica mas um trabalho
diário?
Nos SASUM existe um
espírito de trabalho em equipa. Semanalmente os diretores reúnem
comigo e promovem as suas próprias reuniões departamentais e
setoriais. É fundamental, como disse anteriormente, envolver
todas as pessoas no processo de decisão e hoje com as novas
tecnologias é muito fácil passar informação e receber feedback
mesmo quando não é possível reunir fisicamente. Para além desta
questão, é fundamental, os recursos humanos sentirem-se
valorizados, o que nem sempre é fácil de conseguir no contexto em
que vivemos e particularmente por questões de imposição legal,
penalizando o esforço de quem merece, no entanto, temos apostado
fortemente na formação de todos, assegurando o desenvolvimento
pessoal e profissional de cada um e que tem tido reflexos
excelentes na produtividade dos serviços.
O que tem a
dizer à sua equipa?
Que tenho uma equipa
de colaboradores, e agora posso dizer, Excelente! E cujo trabalho
está visível no que os SASUM representam hoje junto da comunidade
académica, o desempenho é de facto elevado, o que me leva mais
uma vez, aproveitando este espaço para agradecer publicamente o
empenhamento e qualidade do trabalho de todos.
Decorreu no
passado dia 8 de dezembro a inauguração das obras de reabilitação
do Bloco D da Residência Universitária de Santa Tecla. Em que
consistiram esses melhoramentos?
Esta reabilitação
foi realizadacom receitas próprias foram
introduzidas melhorias ao nível do exterior (fachadas com
melhorias térmicas) e interiores, bem como mudança de
equipamentos, nomeadamente: novas camas/estrados/colchões, mesas,
cadeiras, cortinas, sistema de deteção de incêndios, roupeiros e
acumuladores, ou seja, um nível de reabitação praticamente total,
com custos de reabilitação na ordem dos 350 mil euros, incluindo
os equipamentos.
Estão
previstas a curto/medio prazo outras intervenções nesta ou
noutras residências?
Sim, no próximo ano
iremos tentar fechar o ciclo de reabilitação das residências, com
uma intervenção idêntica no bloco E de Sta Tecla, em Braga, e nas
fachadas e telhados da residência dos Combatentes, em Guimarães,
se as condições financeiras e de orçamento o
permitirem.
Nesta quadra
que mensagem gostaria de deixar à comunidade
académica?
Gostaria de enviar
os meus votos de Boas Festas a todos, um Feliz natal e um ano de
2013 cheio de esperança e que os SASUM estarão sempre de portas
abertas a todos com o mesmo espírito de sempre, "a tua família na
Universidade do Minho".
Texto: Ana Coimbra
Fotografia: Nuno Gonçalves
(Pub. Jan/2013)