Por incrível que pareça, ou mesmo que soe estranho, a vitalidade cultural que se vive no seio da academia minhota acabou por tornar o 1º de Dezembro de 2016 em algo cansativo para quem esteve presente (quase 5 horas de espetáculo é algo que só mesmo o Fidel Castro conseguiu nos seus míticos discursos).
Este ano, e por sugestão da Associação Académica da
Universidade do Minho (AAUM), pudemos assistir a atuações
conjuntas de diversos grupos culturais, como foram os casos dos
duetos entre o Coro e a TMUM, entre a Azeituna e Gatuna, entre
Tuna Universitária e a Tun'ao Minho, entre a Afonsina e a
Tun'Obebes e entre a Augustuna e a IPUM.
Estes duetos deram outra dinâmica ao espetáculo e os
momentos de comunhão e humor que resultaram destas simbioses,
permaneceram de forma indelével na memória de quem marcou
presença no Theatro Circo naquela fria noite de
novembro.
Em separado (exceção feita ao dueto Tuna
Universitária/Tun'ao Minho), mas num bloco, foi a atuação dos
grupos da ARCUM. Grupo de Poesia, Grupo de Musica Popular, Grupo
Folclórico e Bomboémia subiram a palco, e cada um deles na sua
particular forma, arrancaram inúmeros aplausos, suspiros e alguns
sorrisos!
A solo, tivemos a divertida e corrosiva intervenção dos
"rapazes das meias amarelas", os Jograis e da poética e melodiosa
101ª atuação da Literatuna.
Como é evidente, a Récita não seria Récita sem a subida a
palco da Ordem Profética! Os de roxo começaram por fazer sátira
política, falaram de liberdade de escolha, "bateram" como de
costume na AAUM, tocaram o mítico "Trator Amarelo" e saíram de
palco como verdadeiras"rock stars"... tudo isto com muitos
corações a palpitar bem forte!
Texto e Fotografia: Nuno Gonçalves