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Cultura, 11.11.2013
“Muitos são chamados, poucos verdadeiramente escolhidos”
UMinho
A Augustuna - Tuna Mista da Universidade do Minho, nasceu em 1996, procurando ser diferente e criando um espaço próprio na cultura da academia minhota. Mista de origem (aceitava membros de ambos os sexos), a Augustuna em 2003 passa a ter uma composição exclusivamente masculina e faz a transição para Augustuna - Tuna Académica da Universidade do Minho. Após um interregno de cerca de três anos (dezembro de 2009 a maio de 2013), a Augustuna regressou aos palcos e o UMDicas decidiu conhecer um pouco melhor esta tuna com um percurso único dentro do panorama cultural da academia.



Como é que surgiu a Augustuna?

A Augustuna surgiu da ideia de um grupo de amigos que querendo fazer parte da cultura académica não encontrou nos grupos existentes um projeto que lhes agradasse. Daí a formação de uma tuna mista.

Porquê uma tuna mista?

Como anteriormente referi, nenhum dos grupos correspondia aos critérios dos tunos fundadores, pois tratava-se de um grupo heterogéneo ou seja composto por rapazes e raparigas. Assim sendo, pareceu o passo mais lógico a tomar criar uma tuna mista. Além disso ainda havia espaço para este projeto pois não existia nenhuma tuna mista na nossa academia.

Como é que a Augustuna passa de tuna mista a tuna masculina?

Não era a nossa vontade um dia deixar de ser tuna mista, mas houve uma altura em que deixaram de entrar elementos no sexo feminino na tuna e tivemos que tomar uma decisão. Na altura até foi a nossa Magister a apresentar esta "solução".

A que se deveu esta "pausa" da Augustuna?

Bolonha veio alterar muita coisa no mundo académico e infelizmente sentimos bastante os seus efeitos. A acrescer, alguns dos nossos elementos mais ativos migraram tendo a tuna ficado bastante desfalcada. Felizmente alguns alunos desta academia ainda se lembravam de nós desde a nossa última participação nas comemorações do 1º de Dezembro em 2009 e lançaram-nos o desafio de voltar.

Como é que foi o regresso aos palcos?

O regresso a palco aconteceu no mês de maio, a primeira atuação foi no 1 de Maio com a nossa festa de regresso e depois no palco das monumentais festas do enterro da gata. Entretanto, durante o verão, já fomos a Penafiel, Famalicão e também estivemos por Braga. Mais recentemente, fomos convidados para participar no Festival de tunas de Vila Verde e foi com muito gosto que voltamos lá. Para primeiro festival após o regresso foi um saldo muito positivo, deu para os novos elementos ganharem alguma experiência de festival e saímos de lá com o prémio de melhor solista.

?Muitos são chamados, poucos verdadeiramente escolhidos?, este é o vosso lema. Querem explicar um pouco melhor a escolha do mesmo?

O lema surgiu como inspiração para os fundadores da tuna mas também para mote de todos aqueles que entretanto ao longo dos tempos se juntaram à Augustuna. Simplesmente explica que das dezenas de caloiros que possam passar todos os anos pela tuna, é necessário persistência, vontade e fundamentalmente amor pela música, pelo espirito académico e pela camaradagem, para se manterem ativamente ao longo dos anos na tuna. Daí que muitos tenham por cá passado mas nem todos ficaram.

Se um aluno quiser entrar para a tuna, o que é que tem de fazer?

Muito simples, basta aparecerem nos nossos ensaios às segundas e quintas às 22 na nossa sala por baixo do BA. Certamente que irão gostar do ambiente que se vive na nossa tuna.

Existem planos para a organização de um festival da Augustuna?

Ao voltarmos ao ativo certamente que iremos voltar a erguer o nosso festival. Ainda não temos uma data em concreto, mas a correr tudo como queremos, no próximo ano letivo vai voltar a haver um Magna Augusta, no caso a 3ª edição.

Projetos, há algum que possa ser revelado em primeira mão ao UMDicas?

A Augustuna está quase a celebrar os 18 anos desde a sua fundação e estamos em negociações com algumas entidades para em breve darmos mais notícias à academia...

Texto e Fotografia: Nuno Gonçalves


(Pub. Nov/2013)



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