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Cultura, 05.12.2011
FUMP regressou às “Origens”
Braga
O FUMP, Festival Universitário de Musica Popular, que nesta sua 17ª edição teve como tema as "Origens", foi um sucesso onde grupo após grupo, era brindado com as palmas de um público entusiasta e que praticamente encheu o auditório Vita. O destaque da noite vai para os "pequeninos" do Percutunes fruto de uma atuação cheia de ritmo e que arrancou uma forte ovação da audiência.

                                                    Fotos brevemente online na Galeria BIG

Longe vai o ano de 1992, longe vai esse tempo onde não se falava de crise e não existiam facebooks, Ipad´s. O MP3 ainda era algo de desconhecido, as K7 ainda rolavam forte nos saudosos Walkman´s e a música popular portuguesa tinha em Quim Barreiros a sua grande estrela.

Nesse mesmo ano, é organizado pela primeira vez o FUMP, que contou com a presença de diversos grupos de música popular oriundos de diversas universidades portuguesas. Hoje, e passados que estão quase 20 anos, a ARCUM (Associação Recreativa e Cultural da Universidade do Minho) "reinventa" o seu festival, procurando nesta 17ª edição dar ênfase às origens da percussão através das origens do nosso planeta.

O espetáculo, que teve praticamente lotação esgotada, começou com uma divertida encenação onde elementos ARCUM caracterizados como homens e mulheres das cavernas interagiram com o público presente. Esta interação e encenação continuou durante todo o espetáculo, para ocupar os tempos de intervalo entre os grupos que atuavam.


O primeiro desses grupos, que conta já com mais de 30 anos de história (e é de Braga), bem como com alguns ex-alunos da UMinho, foi o "Origem Tradicional". De seguida, coube a outro grupo também ele nascido nas cidade dos arcebispos, animar a chuvosa noite bracarense. Os "Raízes" que tiveram uma atuação muito apreciada pelos seus inúmeros fãs presentes, facto que os levou inclusive a tocar uma música a mais do que aquilo que estava previsto.

De seguida atuou o Grupo de Poesia da UMinho, que trouxe consigo as poderosas quadras de Ari dos Santos, António Gedeão e José Régio. Num tom mais ligeiro e bem mais animado, os "pequeninos" da Percutunes, que é um grupo de percussão composto por "miúdos" algarvios muito bem dispostos e cheios de ritmo, tiveram a "performance" da noite. 


Quase a finalizar, e antes de os Bomboémia encerrarem com chave de ouro mais um FUMP, houve ainda tempo para os ritmos africanos da Escola Sementinha. Danças tribais e ritmos acelerados marcaram a atuação deste grupo que homenageou desta forma o continente onde nasceu a vida no planeta terra.

Vânia Antunes, uma das responsáveis da ARCUM, considerou este FUMP um sucesso, como ficou patente nas suas declarações ao Correio do Minho : "o balanço é muito positivo, porque conseguimos fazer coisas diferentes, tendo sido todo o espetáculo ligado às 'Origens do FUMP'".

Texto e Fotografia: Nuno Gonçalves
nunog@sas.uminho.pt



(Pub. Dez/2011) 

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