O festival foi organizado pela Associação Recreativa Cultural
da Universidade do Minho (ARCUM) e contou com a presença de
vários grupos. Muito ritmo e animação inundaram uma sala muito
bem composta, com público de todas as idades a acorrer ao
evento.
Os primeiros a subir ao palco foram os alunos do 3º Ano da
Conservatória de Música Calouste Gulbenkian, que cantaram
algumas músicas tradicionais, acompanhados pelo Grupo de Música
Popular da Universidade do Minho (GMPUM).
Seguidamente, o Grupo de Teatro da Escola E. B. 2/3 Doutor
Francisco Sanches interpretou um bailado, ao som da "Canção do
Mar", na voz de Dulce Pontes. O momento tinha como tema os
Descobrimentos Portugueses.
Chegou, depois, a vez dos "Percurtir" subirem ao palco.
Trata-se de um grupo de percussão da Escola E. B. 2/3 D. Pedro
V, do Mindelo, Vila do Conde. Os ritmos fortes surgiram, pela
primeira vez, na sala do Theatro Circo.
O primeiro grupo "da casa" a subir ao palco foi o Grupo
Folclórico da Universidade do Minho. Para além dos cantares
minhotos, foram também reveladas algumas tradições relativas ao
traje folclórico, incluindo os já conhecidos Lenços dos
Namorados.
A Orquestra Popular "Sopro de Cordas", proveniente de Viana do
Castelo, trouxe um conjunto de músicas rock interpretadas
apenas com guitarras, bandolins e um instrumento tipicamente
minhoto, o cavaquinho.
Logo no início da segunda parte do espectáculo, o laranja tomou
conta do Theatro Circo. Era a vez dos Bomboémia, que fizeram a
festa, com os seus ritmos contagiantes.
Esses ritmos tiveram continuação, mas desta vez vinham do
Algarve, mais propriamente de Tunes, no concelho de Silves. Os
"Percutunes" trouxeram os seus sons ao Minho e fizeram a festa,
pintada de verde.
Coube ao GMPUM a honra de terminar esta 15ª Edição do FUMP.
Celebraram o seu 25º aniversário e cantaram vários temas
tradicionais, oriundos de várias regiões do País.
Numa altura em que o FUMP já conta com várias edições, no seu
historial, Ana Alves, dos Bomboémia, não hesita em apontar o
grande objectivo deste festival. "Queremos mostrar que a música
popular tem varias danças e cantares e engloba muitos estilos,
ao mesmo tempo que se destina a todas as idades. Ainda há algum
preconceito relativamente a este tipo de música, sobretudo
entre os mais jovens, mas queremos inverter esta tendência.
Hoje foi possível mostrar que qualquer música pode ser adaptada
a um estilo popular. Há que mostrar a cultura do nosso País e,
como já aconteceu em anteriores edições, de outros países
também." Segundo a estudante, a grande novidade deste ano foi
mesmo "o regresso a uma sala tão bonita como a do Theatro
Circo."
Este evento pode também ser uma forma de atrair alunos para os
grupos culturais. "Depois do festival, temos muita procura dos
nossos colegas, mas com o modelo de Bolonha, os alunos têm cada
vez menos tempo para este tipo de actividades."
No final, deixou "sinceros agradecimentos à Câmara Municipal de
Braga, à Universidade do Minho, à Associação Académica e à
Associação de Antigos Estudantes, bem como a todas as empresas
parceiras deste evento."
Foi uma noite com muita animação, em que a música popular
reinou na maior sala de espectáculos bracarense. O ARCUM
conseguiu reunir, em palco, vários grupos com muita qualidade,
que deram à noite um brilho muito característico. Para ajudar à
festa, a Academia e a cidade não faltaram à chamada.
Texto: João Nogueira Dias
Fotografia: Nuno Gonçalves
nunog@sas.uminho.pt
(Pub. Nov./2009)