Com muita animação, humor e coreografias, a Hinoportuna, Tuna Académica do Instituto Politécnico de Viana do Castelo, venceu o V Festival Cidade Berço, organizado pela Afonsina. O festival realizou-se no passado dia 8, no Auditório Nobre da Universidade do Minho, em Azurém. A Afonsina prometeu, durante o festival, que "em Guimarães haverá sempre um festival de Tunas Académicas".
O programa do Cidade Berço começou na Sexta-Feira, dia 7, com a
noite de Serenatas. As Tunas juntaram-se no largo da Oliveira, em
Guimarães, e o público vimaranense pôde sentir o ambiente e a
festa que caracterizam as Tunas Académicas. Rui Marques, Magister
Tunae (responsável máximo) da Afonsina, considerou que a noite de
sexta foi "um sucesso completo". O Magister elogiou ainda a
presença do público.
O grande momento estava guardado para a noite de sábado, onde as
Tunas convidadas actuariam e competiriam pelo prémio de melhor
Tuna. A Tun´Obebes, Tuna Feminina de Engenharia da Universidade
do Minho, actuou antes de começar a competição. As poucas
cadeiras vazias mostravam o potencial que a Tuna feminina tem
actualmente. Diana Guimarães, Magister da Tun' Obebes, revelou a
sua satisfação por tocar em Guimarães. No meio de elogios à
Afonsina, Diana afirmou que o próximo objectivo da Tuna feminina
é a realização do festival "Serenatas ao Berço".
Muita alegria na competição
A Tuna da Estudantina do Instituto Superior de Engenharia de
Lisboa abriu a competição. Com músicas alusivas à cidade de
Guimarães, os Lisboetas captaram a atenção do público e do Júri.
No final, o magister Lisboeta revelou que a Hinoportuna era
favorita à vitória, e não se enganou. A Tuna de Viana do Castelo
era a tuna que se seguia. Aqueles que iriam vencer o Festival
tocaram cinco músicas, com várias dedicatórias. As principais
características desta actuação foram a boa interacção com o
público e muito humor.
A noite já ia longa quando a Transmontuna, Tuna Universitária de
Trás-os-Montes e Alto Douro entrou a cantar um fado muito
original e carregado de humor. A música seguinte revelava um
estilo tribal com instrumentos pouco característicos de uma Tuna,
mas que animaram muito o público. Esta actuação foi, de facto,
aquela que mais fez o público rir, vibrar e cantar. A animação
esteve sempre presente e o final foi ainda melhor, com uma música
dedicada à Afonsina que arrancou do público a maior salva de
palmas da noite. O objectivo desta Tuna era, segundo o seu
Magister "animar o público sem ligar a competitividades".

A Desertuna, a Tuna mais nova em participação, ficava para o
final. Com o público da Covilhã presente e sempre a apoiar a sua
Tuna, a Desertuna teve como características principais as
pandeiretas e o estandarte. O Júri esteve atento, e no final os
prémios de melhor pandeireta e estandarte foram para a Tuna da
Universidade da Beira Interior. Os seguintes prémios foram o de
melhor solista (Transmontuna), melhor instrumental (Hinoportuna),
melhor serenata e Tuna mais Tuna (Estudantina do ISEL), segunda
Tuna mais Tuna (Desertuna) e, claro, melhor tuna, que foi para
Viana do Castelo (Hinoportuna). O Magister da Tuna vencedora,
Carlos Dias, mostrou-se "feliz" e "sem palavras para descrever a
sensação de ganhar o Cidade Berço".
Afonsina: "Ninguém saiu daqui defraudado comas
actuações"
A despedida, ao som da Afonsina, foi feita com a festa dos homens
de Viana. O Magister da Afonsina considerou, no final, que "os
objectivos do festival foram alcançados". Rui Marques confessou
que a Tuna de Guimarães ainda tem esperança de realizar a próxima
edição do Festival no Centro Cultural Vila Flor, pois "traz uma
nova dimensão cultural à Afonsina e aos seus eventos". O
responsável disse ainda que o festival está muito perto de se
tornar auto-sustentável, e que ninguém saiu do festival
"defraudado com as actuações". Os vencedores do ano passado, os
Tunídeos, não marcaram presença pois, segundo a Afosina, são dos
Açores e não têm muita disponibilidade para vir a Guimarães todos
os anos.
Texto: Delfim Machado
Fotografia: Nuno Gonçalves