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Cultura, 16.03.2007
Um Dicionário dos jornais do Século XX
Museu Nogueira da Silva, Av. Central, Braga
A obra é da autoria de Mário Matos e Lemos, sendo editada pela Ariadne Ed. e pelo CEIS20 (Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX da U. Coimbra). O dicionário reúne 313 entradas, correspondente ao número de títulos publicados no séc. passado. Para cada jornal é elaborada uma espécie de Bilhete de Identidade que refere, entre outros itens, uma síntese sobre a história de cada periódico.

Na nota de apresentação da Doutora Isabel Nobre Vargues, Professora da Faculdade de Letras da Univ. Coimbra, em que é amplamente referida a bibliografia portuguesa sobre o tema, a autora refere que "este dicionário passará a constituir um instrumento de grande utilidade a todo o investigador que queira fazer a história da imprensa escrita em Portugal naquele século".

A anteceder o dicionário,  Mário Matos e Lemos apresenta um breve estudo sobre a história da imprensa diária em Portugal no século XX e refere os critérios seguidos na organização desta obra.

O dicionário reúne 313 entradas, o que corresponde ao número de títulos publicados no século passado. Para cada jornal é elaborada uma espécie de Bilhete de Identidade que refere as datas limites de publicação, o subtítulo, o formato, a tendência, a localidade (e o respectivo endereço), os directores, os editores e proprietários, por vezes os colaboradores e ainda uma síntese sobre a história de cada periódico.

A obra é enriquecida com diversos índices, de entre os quais se destacam o onomástico e o cronológico, com dados extremamente interessantes e de grande utilidade. Ficamos a saber, p. ex., que em Lisboa se publicaram 193 diários, no Porto 44 e que as cidades insulares apresentam números surpreendentes (51 no total), à frente das restantes cidades portuguesas.

Em Braga publicaram-se 3 diários: o "Echos do Minho", de tendência católica (depois sidonista e monárquico), bissemanário entre 1911 e 1914 e diário até 1919; o "Diário do Minho", que começou a publicar-se em 1919 e o «Correio do Minho» desde 1926. Estes dois últimos englobam-se entre os 20 diários que passaram do séc. XX para o XXI, enquanto existem oito títulos que se publicam desde o século XIX.

Com o precioso acervo aqui reunido os historiadores, os investigadores e outros interessados na história da imprensa portuguesa passaram a dispor de um instrumento de consulta indispensável para conhecer jornais diários do século XX.

O autor, Mário Matos e Lemos é licenciado em História, foi jornalista em vários meios de comunicação e entre 1972 e 1998 desempenhou funções de Conselheiro de Imprensa e Cultural em diversas embaixadas portuguesas. Além de numerosos artigos publicados em jornais e revistas portuguesas e estrangeiras, é autor de várias obras, designadamente, "Liberdade de Imprensa e Outros Ensaios"; "O 25 de Abril, uma Síntese, uma Perspectiva"; Um Vespertino do Porto"; e "Dicionário de História Universal".

A obra será apresentada pelo Doutor Manuel Pinto, professor associado do Departamento de Ciências da Comunicação do Instituto  de Ciências Sociais da Universidade do Minho, ele próprio antigo jornalista e provedor do leitor no "Jornal de Notícias", e pelo Doutor Luís Reis Torgal, professor catedrático da História da Faculdade de Letras da Univ. de Coimbra e coordenador científico do CEIS20.

A sessão promovida pela Biblioteca Pública de Braga, unidade cultural da Univ. do Minho, realiza-se na próxima sexta-feira dia 16 de Março, às 21.30 horas, no Museu Nogueira da Silva, sendo aberta a todos os interessados.

Arquivo de 2007