A Comissão Permanente da Assembleia Municipal de Braga promove um debate sobre o referendo nacional à "despenalização da interrupção voluntária da gravidez", agendado para 11 de Fevereiro.
O debate regista a participação activa da deputada Teresa Venda,
enquanto defensora do "não", e do médico Jorge Salgado, que pugna
pelo "sim".
Com esta acção, a Assembleia Municipal de Braga propõe-se
contribuir para a informação do eleitorado local sobre a questão
que é colocada aos portugueses neste contexto, concretamente:
"concorda com a despenalização da interrupção voluntária da
gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras dez
semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?".
O referendo, recorde-se é um instrumento de democracia
directa, pelo qual cidadãos eleitores são chamados a
pronunciar-se, por sufrágio directo e secreto, sobre questões que
órgãos do poder político pretendam resolver mediante acto
normativo.
O referendo nacional, previsto na lei fundamental apenas a partir
da segunda revisão constitucional realizada em 1989, só pode ter
por objecto questões de relevante interesse nacional que devam
ser decididas pela Assembleia da República ou pelo Governo
através da aprovação de convenção internacional ou de acto
legislativo.