No ano em que celebra o seu décimo aniversário, a Tuna Académica da Universidade do Minho, Augusta, arrecadou, no passado dia 27 de Maio em Vila Verde, dois prémios, "melhor solista" e "segunda melhor tuna".
O festival de tunas de Vila Verde, o terceiro daquela pitoresca
localidade de Portugal, decorreu sob um animado ambiente de
verdadeiro «espírito académico», apesar desta localidade não ser
uma zona universitária. Neste certame, que decorreu na Praça de
Sto. António, estiveram presentes a concurso, além da Augustuna, a
Copituna D'Oppidana da Guarda, a grande vencedora arrecadando os
prémios de "melhor tuna", "melhor pandeireta" e "melhor
instrumental", a Tuna de Engenharia da Universidade do Porto, que
levou para a «invicta» os prémios de "melhor estandarte" e "tuna
mais
tuna", a Estudantuna Académica de Ponte de Lima e a
Tuna Académica da Faculdade de Economia do Porto. A extra concurso
participou a Tuna Feminina de Biomédicas do Porto.
A história do festival não foi muito diferente dos grandes
certames de tunas nacionais. Irreverência, alegria e muita música
foram os ingredientes que estiveram em cima do palco montado na
Praça de Sto. António. Mas, como manda a tradição antes das
"provas musicais", o festival começou com o «passa
calles
». Debaixo de um sol abrasador, que deixou todos os
tunos quase derretidos e há beira de um «secão», o desfile
percorreu as principais artérias de Vila Verde, numa mostra que
deixou as gentes
encantadas com tamanha animação.
Quando a lua apareceu, numa noite com céu estrelado, começaram a
ouvir-se os primeiros acordes e arranjos vocais das tunas.
Destaque para o público que aderiu a esta iniciativa da Câmara
Municipal de Vila Verde, enchendo por completo a praça de Sto.
António e que se manteve fiel ao espectáculo para lá da meia
noite. Uma palavra de realce para a organização do festival, que
está sem dúvida de parabéns, pois mostrou como se recebe bem,
sempre a zelar pelo bem-estar das tunas convidadas, não deixando
que nada faltasse neste evento, e também pela vertente social em
que este festival se inseriu. Desta forma pode-se considerar que
este certame não fica nada atrás, bem pelo contrário, dos ditos
"grandes" festivais lusitanos.
Nuno Cerqueira