A cerimónia solene de comemoração decorreu no passado dia 10 de março, no campus de Gualtar, em Braga, e contou com as intervenções da presidente da EEG, Cláudia Simões, do presidente da Cerealis e da Fundação Casa da Música, com a palestra “Desafios contemporâneos na gestão: inovação, liderança e internacionalização”, e, no encerramento, do reitor da UMinho, Rui Vieira de Castro.
“A EEG assume relevância no desenvolvimento e disseminação da investigação ao mais alto nível e de relevância internacional, uma oferta de ensino inovadora e de excelência e a intensificação de pontos de colaboração e relacionamento com o meio envolvente”, começou por dizer Cláudia Simões. Apontando como um dos pilares fundamentais da Escola, no contexto nacional e internacional, a aposta na qualidade da produção científica “reconhecida além-fronteiras”, afirmou.
A nível do ensino, a presidente da EEG destacou as oito licenciaturas da UO, os 15 mestrados e cinco programas doutorais, oferta que acolheu este ano 3269 alunos nos três graus de ensino. Área em que a Escola tem “procurado uma crescente linha de internacionalização”, afirmou.
Apontando que a EEG “quer fazer parte da solução para melhoria contínua da instituição na qual nos integramos”, a responsável fez alguns apelos à reitoria e aos responsáveis, assinalando que é necessária “uma resposta real e célere na disponibilização de recursos humanos e financeiros”, principalmente os gerados pela própria Escola, bem como “a simplificação dos procedimentos administrativos”.
Tendo em conta as novas regras e linha de implementação orçamental que deu maior autonomia às Escolas e Institutos, Cláudia Simões reconheceu os “desafios que tal coloca”, neste que é o ano zero de experiência, mostrando expetativa numa maior disponibilidade atempada dos recursos financeiros e humanos.
Sobre o futuro, a presidente disse ambicionar para a EEG, uma visão integrada e interdisciplinar da ciência produzida na EEG com parceiros nacionais e internacionais; a criação, a longo prazo, de um cluster de desenvolvimento do conhecimento, integrador de várias áreas relevantes da Escola e nas quais possam atuar de forma inovadora ao nível do progresso da ciência; no âmbito do PRR, a EEG prevê continuar com a oferta formativa, paralelamente espera concretizar o envolvimento no Consócio de formação na área da Administração Pública (AP), cujo objetivo será o de potenciar a formação e modernização das organizações e de quadros do Estado e Públicos. “A EEG e a área da AP tem-se vindo a afirmar neste projeto e na área AP em geral”, concluiu.
O reitor da UMinho apontou, mais vez, a importância da revisão dos estatutos da Academia que estão em discussão, afirmando que no quadro atualmente existente e no que se prefigura “é possível prever níveis diferenciados significativamente àqueles que temos hoje”, uma vez que a gestão do orçamento passa a ser feita pela própria Escola ou Instituto, incluindo “dispor da totalidade das receitas que é capaz de gerar”, indicou.
Sobre a EEG, o responsável da Universidade relevou o papel da UO na rede Arqus, na Aliança de Pós-graduação, e na iniciativa pioneira a nível nacional na área da AP que está prestes a ser implementada. “Temos hoje uma possibilidade real e única para uma maior afirmação da Universidade através da EEG nesta área da AP”, referindo-se ao Consórcio entre a UMinho, o ISCTE e o INA. “Este Consócio tem prerrogativas particulares, seja no quadro de desenho da formação na área da AP, seja na condução e na gestão dessa mesma formação”, salientou.
A sessão contou ainda com a entrega dos prémios de Mérito Escolar, Almedina, de Ensino e de Investigação, o reconhecimento a entidades parceiras e a membros da comunidade EEG, além de uma atuação de estudantes de Música da UMinho.
Texto: Ana Marques
Foto: GCI