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Academia, 15.12.2022 às 10:51
Evento Anual da Qualidade (EAQ'2022) juntou na UMinho estudiosos, especialistas e interessados no tema
A Universidade do Minho (UMinho) promoveu no passado dia 13 de dezembro, a 4.ª edição do “Evento Anual da Qualidade” (EAQ'2022), que juntou, numa sessão aberta ao público, no campus de Gualtar, Luís Amaral, Vice-Reitor para a Transformação Organizacional e Simplificação Administrativa, Marti Casadesus, Professor na Universidade de Girona e ex-Diretor da AQU Catalunya, Loraine Nazaré, Assessora da vice-reitora para a Promoção da Qualidade da Universidade de Aveiro, Paulo Sampaio da Escola de Engenharia e Susana Lameiras da USGAQ.

Em representação do reitor da UMinho, Luís Amaral referiu que o facto de serem estabelecidos indicadores “torna mais governáveis” as instituições, revelando que a UMinho tem um barómetro, um instrumento que acompanha o plano de ação da Universidade a quatro anos, algo de nível mais estratégico, mas que acaba por medir o desempenho da execução.  

O responsável afirmou que “não somos exemplo e quando não o somos, temos de pedir ajuda a quem vai à frente”, postura que a UMinho tem vindo a ter, aproveitando este Evento Anual da Qualidade para trazer à Academia “quem tem uma reflexão mais teórica e referenciais de como estas coisas se podem implementar no contexto universitário”, disse, referindo-se à presença do ex-diretor da Agência para a Qualidade do Sistema Universitário da Catalunha, Marti Casadesus, que na sua apresentação realçou a importância de haver sistemas de qualidade e de haver indicadores, fazendo uma analogia entre os sete pecados capitais e os indicadores e apelando a que não se cometam esses “pecados” na criação de indicadores, expondo ainda que não devem ser demais nem de menos, “devemos adotar indicadores que nos tragam qualidade”, disse, sublinhando que devem ser “o menos intrusivo possível”. 

Loraine Nazaré trouxe, tal como referiu Luís Amaral, “uma faceta mais pragmática de quem já viveu a dor de implementar estes sistemas”, caracterizando a Universidade de Aveiro como “próxima, parceira e amiga, uma instituição que tem dado passos muito corretos na implementação dos sistemas de qualidade”. A assessora alertou para a importância dos sistemas de qualidade, de forma a levar a “uma tomada de decisão responsável”, apontando para a necessidade da qualidade dos dados que, tal como já tinha indicado Marti Casadesus, não devem cometer os sete pecados capitais. “Só assim é que se consegue estar no contexto europeu. Portugal, pela dimensão, tem de andar um pouco mais do que os outros países”, afirmou. 

A edição deste ano do Evento Anual da Qualidade foi dedicada à discussão em torno da recolha e tratamento de dados que suportam a produção de indicadores e estatísticas oficiais de desempenho institucional, no sentido de apoiar a tomada estratégica de decisão, nas vertentes do ensino, da investigação e da interação com a sociedade, bem como a melhoria contínua da própria Universidade.

Texto: Ana Marques 

Fotos: Nuno Gonçalves 

 

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