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Academia, 21.09.2022 às 11:35
UMinho deu as boas-vindas aos novos estudantes
A Universidade do Minho (UMinho) recebeu, numa cerimónia de boas-vindas, os cerca de 2900 novos estudantes que este ano ingressaram na Academia na primeira fase. Decorrida pelas 16h00, no Pavilhão Desportivo do campus de Gualtar, em Braga, contou com as intervenções do reitor, Rui Vieira de Castro e do presidente da Associação Académica (AAUMinho), Duarte Lopes.

A sessão ficou marcada por discursos de força e coragem, avisos e reivindicações, e recados sobre o presente e o futuro da nova etapa da vida destes recém-universitários. Os novos estudantes ouviram, pela primeira vez, o hino da academia, cantado pelo Coro Académico da UMinho e as interpretações da Tuna Universitária do Minho e do grupo de percussão Bomboémia.

“Hoje dão o primeiro passo em direção ao vosso futuro”, começou por dizer o presidente da AAUMinho, lembrando que há precisamente cinco anos “estava sentado exatamente onde vocês estão”.

Duarte Lopes aconselhou os novos colegas a não fazerem o percurso académico sozinhos, pois “o vosso maior suporte serão sempre os vossos colegas”. Incentivando-os a aproveitarem e envolverem-se na comunidade e em tudo o que a UMinho oferece, “envolvam-se no máximo de frentes possíveis e o mais cedo possível”, sublinhando que isso fará com que cheguem ao fim deste percurso “como cidadãos mais completos”.

Assinalou, ainda, que a cultura democrática e de participação cívica em Portugal ainda precisa de muito amadurecimento e crescimento, afirmando que “recai sobre vocês o especial dever de a fomentar”. Encorajou-os, também, a fazerem parte dos grupos culturais e a participarem na prática desportiva, formal e informal, assegurando ter a certeza de que nesta cerimónia “temos muitos futuros atletas que em breve farão uso do equipamento da AAUMinho”. Destacando ainda o programa Erasmus, aconselhando-os a participar. “Façam desta academia a passadeira que vos prepara para corrida que é a vida”, rematou.

Dirigindo-se ao Reitor da UMinho, lembrou que “iniciamos esta semana um novo ano letivo, com novos colegas, mas com os velhos problemas e até mesmo alguns novos”, indicando a falta de alojamento estudantil público, acessível e de qualidade e a contínua deterioração do que temos, a inflação dos transportes que parece não querer abrandar ou os custos associados à aquisição de materiais, “devemos ser resilientes”, disse, mas frisando que “a resiliência não paga as contas, nem faz com que água fria do chuveiro fique quente ou que o teto do quarto que já está preto de humidade fique branco”. Chamando a atenção ao responsável máximo da Academia de que há muito a fazer e que pode contar com a cooperação da Associação Académica, “uma intervenção no nosso parque de residências é, como sabe, urgente, mas os custos a si associados não podem, novamente, recair sobre os estudantes. Procuremos soluções, multipliquemo-nos e desdobremo-nos em respostas”, requereu.

Terminado, disse aos estudantes que “não se assustem”, na Associação Académica, terão sempre um “ombro amigo que tentará sempre ser o mais próximo possível”.

Rui Vieira de Castro, começou por destacar os cerca de 2900 novos estudantes chegados à UMinho, assinalando serem eles que “asseguram a permanência da Instituição e a sua renovação”.

Sobre a Universidade, lembrou que é hoje uma comunidade de “23.000 pessoas, 20.000 das quais estudantes, que frequentam os mais de 200 cursos de licenciatura, de mestrado integrado, de mestrado e de doutoramento que a Universidade oferece”, destacando ainda, a qualidade da sua investigação, o papel que desempenha na transformação social, económica e cultural da região e do país, e a sua forte internacionalização.

O responsável, alertou para mundo “cada vez mais complexo e exigente” que os espera, aconselhando-os a que participem na sua formação, nos eventos académicos, culturais e recreativos, a atuarem nos órgãos da Universidade, a aproveitarem as experiências de internacionalização que a Universidade promove.

Falando sobre os direitos e deveres dos estudantes, o Reitor avisou que a Universidade “não transige” com discriminação, intolerância, violência, intimidação, assédio ou humilhação. Declarando que para a Universidade, o respeito pela dignidade da pessoa humana, pelos princípios da responsabilidade, da igualdade, da justiça, da participação democrática e do pluralismo de opiniões, “é essencial”.

Concluiu, transmitindo que a universidade “tem lugares próprios para expressão da vossa voz”, aconselhando os alunos a recorrerem à Provedora do Estudante, a qual tem como missão “promover e defender os direitos e interesses dos estudantes no contexto da vida universitária”.

Texto: Ana Marques

Fotos: Nuno Gonçalves

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