A nova presidente do IE assinalou a necessidade de o Instituto “repensar os seus projetos”, nomeadamente os de ensino, de forma a posicionar a unidade orgânica “como ator proativo de capacitação ética, científica e didática de profissionais das várias áreas”, disse. Desta forma garantiu que a formação de professores e educadores está a ser “relançada pelas necessidades do sistema de ensino português”.
Beatriz Pereira apontou ainda aqueles que serão os principais objetivos do seu mandato, destacando-se, entre eles, a valorização das pessoas afetas ao IE; a promoção da sua participação na vida da instituição; o desenvolvimento de iniciativas que visem concretizar uma agenda para a educação, que permita a afirmação da relevância do IE e da sua oferta formativa; incrementar a investigação, estimulando os centros de investigação a posicionarem-se estrategicamente face às fontes de financiamento nacionais e internacionais; incrementar a qualidade institucional, incluindo-se a abertura de novos cursos; reforçar a imagem do IE; fortalecer a internacionalização; procurar a sustentabilidade financeira da instituição; entre outros.
Também o Reitor da UMinho considerou que a implementação de novos programas de ensino e de formação de professores deverá ser um dos principais desafios que se coloca à nova equipa da presidência. Apontando o momento “difícil, mas de oportunidade” da nova direção, pelas circunstâncias particulares que o sistema educativo tem em termos de carência de profissionais qualificados e da necessidade de se encontrar respostas adequadas ao nível da formação de professores. “É uma oportunidade que não se pode perder”, declarou.
Para além deste, elencou outros desafios, ao nível das ofertas educativas não conferentes de grau. “O futuro das universidades vai requerer uma atenção particular a novas modalidades de educação, a novos públicos, e o IE não pode ficar alheado deste movimento”, indicou. Sinalizando ainda a aposta que deve ser feita em novos projetos de internacionalização, a busca de novas soluções organizacionais, e a reflexão sobre a organização do sistema científico. Destacando ainda, o olhar atento que deve ser feito ao corpo docente, que terá alterações profundas por efeito dos limites de idade, “uma oportunidade que tem de ser estrategicamente aproveitada”, sublinhando que não deverá haver uma mera substituição de pessoas, “é preciso olhar para o futuro e em função disso, fazer as opções adequadas”, disse.
Rui Vieira de Castro patenteou o “momento desafiante” da vida coletiva da Universidade, afetada que está por condicionalismos externos muito poderosos, tais como a questão não resolvida do financiamento da Universidade, confessando “estar mais otimista”, em virtude do “reconhecimento explícito” por parte da ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato, de que a UMinho tem sido fortemente penalizada pelo modo de concretização do financiamento do ensino superior, o que diz ser “uma luz ao fundo do túnel”.
Sobre a situação difícil da Universidade, muito pelo aumento dos custos de funcionamento, alertou que isso vai ter “impacto real na vida da Universidade”.
Texto: Ana Marques
Fotos: Nuno Gonçalves