A Universidade do Minho (UMinho) está muito perto de ver aprovado o financiamento, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), para a requalificação dos edifícios da antiga Escola de Santa Luzia, em Guimarães, e da antiga Fábrica Confiança, em Braga. O resultado foi divulgado no passado dia 30 de junho, através do Relatório Síntese Preliminar de Avaliação e Seleção das Candidaturas ao Programa de Alojamento Estudantil a Custos Acessíveis, que coloca os dois projetos nas posições 41 e 51, entre as 102 candidaturas relativas a operações de adaptação, aquisição e renovação, para as quais está destinado um montante de financiamento de 249 milhões de euros.
Prevê-se assim grandes possibilidades de os projetos virem a receber o financiamento necessário, dado que, das candidaturas admitidas ao processo de avaliação, todas foram propostas para financiamento à Agência Erasmus+, “até ser esgotado o montante máximo de financiamento disponível para a respetiva tipologia de operação, pela ordem resultante da pontuação global obtida no âmbito do processo de avaliação”, refere o Relatório Síntese Preliminar.
Atualmente, os Serviços de Acção Social da Universidade do Minho (SASUM) disponibilizam 1 399 camas nas quatro residências universitárias existentes em Braga e Guimarães. Com a execução destes dois projetos, a Universidade irá obter mais 936 camas, distribuídas pelas duas cidades.
“Estamos a falar de dois projetos prioritários, que se traduzirão num reforço significativo da oferta de camas existente, mas também na melhoria das condições de vivência, conforto e estudo nas residências universitárias”, destacou António Paisana, Administrador dos SASUM.
Recorde-se que a reabilitação do edifício da antiga Escola de Santa Luzia, um projeto desenvolvido pela UMinho, está orçada em cerca de 5 milhões de euros, enquanto a da antiga saboaria Confiança, da responsabilidade do Município de Braga em parceria com a academia minhota, irá exigir um investimento na ordem dos 27 milhões.
Para António Paisana, a obtenção de financiamento para estes dois projetos “pode vir a representar a resolução de um problema há muito identificado, que é a falta de alojamento estudantil de qualidade a custos acessíveis, nomeadamente para aqueles que mais precisam, devido à distância a que se encontram de casa e às carências económicas dos respetivos agregados familiares”.
O Relatório Final de Avaliação e Seleção das candidaturas a financiamento será apresentado até 15 de julho à Agência Nacional Erasmus+ Educação e Formação que, posteriormente, o submeterá para homologação pelo Governo.
O processo deverá estar fechado até ao final de julho.
Fonte: SASUM