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Academia, 23.06.2022
Jorge Correia Pinto tomou posse como presidente da Escola de Medicina
O novo presidente da Escola de Medicina da Universidade do UMinho (UMinho) tomou posse para o mandato até 2025, substituindo Nuno Sousa, e terá como vice-presidentes os professores, António Salgado (pelouro da Investigação), Cristina Nogueira-Silva (pelouro do Ensino) e Patrício Costa (pelouro de Gestão e Planeamento).

No seu discurso, Jorge Correia Pinto afirmou que o atraiu, neste novo desafio, “a possibilidade de trazer uma maneira ou um sentido diferente para as coisas”. Assinalando ser missão da Escola “formar médicos e profissionais capazes de gerar conhecimento e valor à sociedade”.

O presidente empossado deixou também um apelo ao reforço da colaboração entre instituições e entre as escolas da UMinho, numa perspetiva de “win win”, apontando que na interdisciplinaridade pode estar a resposta para “one million questions”, cooperação para a qual disse, “podem contar com a Escola de Medicina”.

Colocando como objetivos da Escola, entre outros, o incentivo à inovação e criatividade em prol da sociedade, afirmou que é preciso “trabalhar”, ter capacidade de “antecipar necessidades futuras, encontrar novas oportunidades, mantermo-nos um passo à frente”, no propósito de ajudar a Escola a evoluir, no sentido da inclusão de todos os que fazem parte da unidade orgânica.

Segundo o responsável pela criação do Serviço de Cirurgia Pediátrica do Hospital de Braga e atualmente diretor da mesma, a Escola de Medicina deve estar assente na tríade, pedagogia-ensino, investigação e prática clínica, “princípio do qual não podemos abdicar”, declarou.

Evocando a autonomia universitária e a autonomia financeira, aponta como visão para a Escola de Medicina “Work local, think global”, uma visão que indica como “simples”, mas que afirma fará da UMinho “um lugar cada vez melhor”. 

UMinho admite ter de vender património e recurso à banca

O reitor da Universidade do Minho, Rui Vieira de Castro, que presidiu à sessão tomada de posse, agradeceu ao novo presidente a sua disponibilidade para o cargo “neste que é um momento de grande indefinição do país e das Universidades”, sublinhando que “é tempo de desafios”.

Sobre os desafios e sobre as dificuldades, o responsável máximo da Academia alertou para a complicada situação financeira da UMinho devido ao crónico subfinanciamento, apontando que a Academia minhota poderá ter de recorrer à “venda de património imobiliário” e à “contração de empréstimos que nos permita responder ao não reembolso atempado pelas entidades financiadoras, sobretudo, na investigação", afirma.

Já a pensar em 2023, Rui Vieira de Castro refere que uma gestão centralizada como é atualmente “é condição de fragilidade e inibidora de crescimento”, apontando que no próximo ano todas as escolas terão orçamentos próprios.

Texto: Ana Marques 

Foto: Nuno Gonçalves 

Arquivo de 2022