Para além de Duarte Lopes, tomaram também posse os demais dirigentes eleitos para a Direção, para o Conselho Fiscal e Jurisdicional (CFJ) e para a Mesa da Reunião Geral de Alunos (RGA).
Na despedida, Rui Oliveira disse sentir-se “como um capitão de um navio que vê a sua embarcação chegar ao fim do seu percurso”, declarando que “será tempo para novos rostos, novos ventos, novas aventuras e novos mundos”. Destacando ainda os “1828 dias intensos” e de uma “responsabilidade impactante”, enquanto dirigente da AAUMinho.
Destes dois anos como represente máximo dos estudantes, evidenciou os projetos de redefinição da marca “Start Point”, da criação a marca “Recurso”, do lançamento da app e a passagem dos títulos de transporte para o digital, a criação da plataforma “VoluntáriUM”, os apoios no âmbito da COVID-19, os sucessos na área do desporto que culminou na obtenção do troféu universitário de clubes, entre outros.
Não esquecendo o projeto “exigente” da nova sede que não chegou onde queria, frisou que “nem sempre a vontade de resolver é mais forte do que o receio de mudar”, afirmando que “gostaria de ter ido mais longe, mas não foi possível". Finalizou, mostrando a sua disponibilidade para ajudar a nova direção, “estou à distância de uma chamada”, disse.
Duarte Lopes começa por afirmar a necessidade de ter um projeto coeso, abrangente e inclusivo, que reflita a democracia dentro da Universidade.
Indicando que o mandato ficará “inevitavelmente marcado por um retorno, esperemos pleno, da atividade da Associação Académica”, bem como “da atividade cultural à vida da Universidade”, o estudante do mestrado de Direito dos Contratos e da Empresa elencou, como prioridades para o mandato, a organização do Mundial Universitário de Futsal que decorrerá em julho e manter a Start Point como solução ao problema do emprego jovem. Relevando ainda a importância de aproximar a Associação da comunidade que representa, afirmou que “mais pode ser feito”, salientando a necessidade de “intensificar e criar proximidade, em particular, com os estudantes de 3.º ciclo e estudantes internacionais”. Outro dos desafios será trabalhar o desinteresse da sociedade pelo Ensino Superior, referindo que "os problemas do Ensino Superior são uma consequência desse desinteresse”.
Duarte Lopes propõe-se ainda a dar passos largos na execução de dois projetos: a construção da nova sede da AAUMinho em Gualtar e a renovação da sede de Azurém, asseverando que o concretizar destes dois projetos “é o concretizar de gerações de direções associativas e de estudantes desta academia”. A sede de Gualtar será um espaço de 500 metros quadrados e estará envolvido um investimento de 800.000 €, a qual acolherá 11 espaços destinados aos grupos culturais e 4 auditórios de ensaios, para além dos espaços destinados à AAUMinho e bar académico. Com a requalificação da sede de Azurém pretende-se que possa receber cerca de 120 alunos em simultâneo. “Este é um desafio de proporções enormes, mas acreditamos que vale a pena”, disse.
O presidente empossado anunciou ainda o retorno das Monumentais Festas do Enterro da Gata, as quais terão lugar no Altice Fórum Braga de 7 a 13 de maio.
Sobre o pilar da defesa e representação dos estudantes da Academia, referiu que não deixará de lado temas como a questão das propinas, do alojamento, a carência de apoios sociais, e, demonstrou preocupação com a falta de representatividade dos estudantes no Conselho Geral, apontando a “revisão do RJIES”.
Rui Vieira de Castro, em referência ao mandato passado, lembrou as divergências saudáveis para com a Associação, destacando que o importante é que surjam sempre, a partir do debate, resultados vantajosos para todos.
Mostrando o seu desejo pelo retorno das atividades recreativas promovidas pela AAUMinho, assume o compromisso do aprofundamento das relações entre a Universidade e a Associação, através da colaboração na criação de condições que apoiem a preparação dos estudantes para percursos de vida profissionais e pessoais, de qualidade.
Por fim, o Reitor destacou dois projetos: o do alojamento e a nova sede da AAUMinho. Em relação ao alojamento de estudantes, referiu que “estamos a este respeito num momento particularmente crítico”. Em Braga, o processo corre a bom ritmo, referindo que “temos o cenário para a utilização da fábrica Confiança, largamente delineado”, sendo que a gestão da residência caberá, “em princípio, aos SASUM”, indicou.
Em Guimarães, diz ser “inacreditável” que ainda não tenha sido possível transferir a propriedade da Escola de Santa Luzia, propriedade do Governo, para a Câmara Municipal de Guimarães, passo que está a impossibilitar o avanço do projeto para uma residência universitária naquele local. Sobre este tema, avança que “é uma ocasião que a UMinho não pode de forma alguma desperdiçar. É única”, disse. Apontando o envolvimento da Associação Académica como “essencial” para o desenho da “melhor solução”.
Sobre a nova sede, voltou a reforçar o apoio da Universidade a este objetivo, afirmando que “não deixemos que questões de pormenor nos afastem daquilo que é essencial. E, o que é essencial, é dotar a Associação Académica de uma infraestrutura de qualidade que permita que ela cumpra os seus objetivos”, concluiu.
Texto: Stefanie Santos
Fotos: Nuno Gonçalves