Ao longo destes quatro anos o IB-S já desenvolveu cerca de 60 projetos orçados em cerca de 12 milhões de euros, revelou a diretora-executiva, Cláudia Pascoal. O Instituto é coordenado pelas Escolas de Ciências e Engenharia da Universidade do Minho (UMinho), e tem instalações em Braga e Guimarães. Os cerca de 150 investigadores que lá trabalham desenvolvem projetos em áreas como: resiliência do ambiente natural e construído, biodiversidade, serviços dos ecossistemas e capital natural, espaço, oceanos, águas costeiras e interiores, e economia circular e soluções com base biológica.
Para Cláudia Pascoal, estes “foram 4 anos muito intensos e gratificantes a construir pontes entre diferentes áreas do conhecimento numa lógica de inovação com o foco na sustentabilidade e na proximidade entre a academia, o tecido empresarial e a sociedade”, assegurando que o projeto tem conseguindo reunir o conhecimento da engenharia e das ciências, “para fazer ciência interdisciplinar ao serviço da sociedade e das empresas”, disse.
O IB-S irá submeter, em dezembro, um novo Laboratório Colaborativo com o intuito de estudar e promover a sustentabilidade da água. Trata-se de um consórcio que envolve não só o IB-S como empresas da região, sendo o promotor a Águas de Portugal. Neste momento, o IB-S integra três laboratórios colaborativos: BuiltColab, Colab4food e o CoLAB Vines&Wines.
O presidente da Escola de Ciências, José González-Méijome, sublinhou a necessidade de estabelecer uma “relação virtuosa entre a academia e as empresas”, de forma a “encontrar um caminho para a bio-sustentabilidade”. Já o vice-presidente da Escola de Engenharia, António Vicente, salientou que o projeto permite a junção de saberes, “fulcral para o sucesso da universidade”, afirmou.
António Cunha, ex-reitor da UMinho e atual presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR/N), convidado da sessão, abordou os desafios e as oportunidades para uma Europa e Norte de Portugal mais verdes, assinalando que a cooperação entre as várias ciências é “essencial” para responder aos desafios ambientais que se colocam, apontando que o IB-S pode ajudar a resolver esses desafios. “O IB-S é uma instituição que trabalha nesta área e foi criado com a característica multidisciplinar entre as diferentes áreas do conhecimento, nomeadamente, com as áreas de sistemas biológicos da engenharia, e cobrindo outras, o que é muito importante para as abordagens aos ecossistemas”. Lembrando que a Europa quer ser neutra, em termos carbónicos, até 2050, afirmou que para isso, “precisa de ser mais sustentável e coesa”.
A Cerimónia contou ainda com a mesa redonda sobre resiliência e sustentabilidade, com José Mendes, da Fundação Mestre Casais, Cândida Lucas, do IB-S, José Teixeira, CEO do dstgroup, e Rita Sousa, da Escola de Economia e Gestão da UMinho.
Texto: Ana Marques
Foto: Nuno Gonçalves