Estas novidades foram reveladas à comunidade académica pela presidente do ICS, Helena Machado e pelo Reitor da UMinho, Rui Vieira de Castro, entre outras que tiveram destaque na comemoração dos 45 anos de existência da unidade orgânica.
“Hoje é um dia jubiloso em que assinalamos uma notícia muito aguardada há vários anos, começaram, finalmente, os trabalhos de preparação do Centro de Audiovisual e Multimédia do ICS”, disse Helena Machado, sublinhando ser uma estrutura “absolutamente necessária para um ensino de qualidade que procuramos fazer no ICS na área da produção e realização audiovisual”, acrescentando que é “um projeto decisivo para a preparação de novos talentos e novas competências de comunicação e expressão que respondam aos desafios da sociedade de informação”. Assinalando ser uma empreitada “exigente” do ponto de vista financeiro, frisou que com os novos recursos “estaremos em muito melhores condições de continuar a zelar pelo renome da UMinho”.
A presidente do ICS reclamou ainda pela renovação do corpo docente do ICS, sinalizando que o ritmo das aposentações não tem sido acompanhado pelo ritmo de recrutamento, bem como pelas progressões na carreira, revelando que o ICS tem, atualmente, “apenas cinco professores catedráticos, dois deles próximos da aposentação”.
Afirmando que o ICS é “uma unidade seminal” da UMinho e que o presente “revela-nos um ICS forte”, Rui Vieira de Castro preferiu debruçar-se sobre o futuro, apontando que as orientações das políticas públicas vão no sentido da intervenção ao nível de programas de recapacitação e que perspetivam novos públicos para as universidades. Neste sentido revelou que a UMinho ficou muito bem classificada na candidatura que apresentou ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) - “UMinho Education Alliance – Skills for a Better Future”. A academia minhota foi uma das 33 candidaturas aprovadas no âmbito dos programas "Impulso Jovens STEAM" e "Impulso Adultos”, o qual vai permitir contratar pessoas, requalificar instalações, melhorar as infraestruturas tecnológicas e o equipamento dos espaços pedagógicos, sendo que está entre as cinco entidades que tiveram a melhor classificação, juntamente com quatro outras universidades públicas.
No acesso a um bolo de 252 milhões de euros, ainda sem verba definitiva para cada uma das instituições, e notando que o financiamento a atribuir às 33 candidaturas “não é extraordinário”, Rui Vieira de Castro afirma que o PRR surge como uma “oportunidade, pela primeira vez em muito tempo, de avançar com a reconfiguração de portefólio de cursos e investimentos em infraestruturas físicas”, disse.
Assinalando que é “um programa com financiamento no tempo”, vai cobrir despesas que já foram feitas pela Universidade e projetos a definir até ao final de 2023, sendo que a elegibilidade das despesas prolonga-se por um período de cinco anos, estando definido que, até final de 2023, as instituições têm de ter “comprometido todo o financiamento que lhe vier a ser atribuído”, esclareceu o Reitor, patenteando que a academia vai ser colocada “perante um quadro de elevada exigência ao nível da execução”, acrescentando que “é um desafio que vale a pena enfrentar”.
O reitor relevou ainda que o Governo abriu a possibilidade de lançamento de concursos públicos de promoção na carreira docente, “oportunidade que a UMinho irá aproveitar ainda este ano”, disse, para resolver situações críticas de algumas unidades orgânicas como o ICS.
Texto: Ana Marques
Foto: Nuno Gonçalves