Assinalando as atividades mais relevantes da Escola ao longo deste ano, o presidente da EEUM confirmou que a Universidade do Minho (UMinho) vai mesmo ter um curso de 1.º e 2.º ciclo em Engenharia Aeroespacial, após o senado académico ter “aprovado por unanimidade” a proposta lançada. A proposta será agora submetida à Acreditação de Ciclos de Estudos (A2ES), “levando a bom porto um processo inédito a vários níveis”, referiu. Acrescentando ainda que se tudo correr bem, será possível receber candidaturas para a nova licenciatura e mestrado já em outubro de 2023, uma antecipação em relação ao plano inicial da Escola. Outra das apostas da EEUM, passa pela criação de um curso dedicado à Ciência dos Dados, em conjunto com diversas unidades orgânicas da UMinho, projeto para o qual se prevê o arranque já em 2024.
Para além destas iniciativas, Pedro Arezes destacou, durante este ano, o “exigente processo de reestruturação dos cursos de mestrado integrado”, o processo de “avaliação de desempenho do pessoal docente e dos trabalhadores técnicos administrativos e de gestão”, bem como a “aprovação do novo regulamento de avaliação de desempenho do pessoal investigador”. Salientou ainda a “intensa atividade” em termos de concursos, bem como o “lançamento da entrega dos diplomas e prémios de reconhecimento da EEUM”, entre outras coisas.
Sobre os desafios para o futuro, e aproveitando a presença do reitor da UMinho, Rui Vieira de Castro, o responsável da maior Escola da academia minhota lembrou a “necessidade” do rejuvenescimento do corpo de recursos humanos da Escola, indicando que “os concursos abertos estão ainda longe das atuais necessidades”. Alertou também para a necessidade de aprovação de um novo regulamento orgânico da unidade orgânica, para a necessidade de agilização dos processos administrativos e da capacidade de decisão em tempo útil, e a necessidade de investimentos nas infraestruturas.
Destacando o “papel insubstituível” da EEUM na afirmação da Universidade, Rui Vieira de Castro afirmou que “ela é fator principal do impacto que a UMinho tem na sociedade e na economia da nossa região e do país”.
Assinalando o período difícil pelo qual todos passamos durante este ano e meio de pandemia, declarou que “estamos de alguma forma a terminar um ciclo e a iniciar outro com o regresso pleno ao funcionamento presencial”.
Neste regresso apontou “armas” ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) que afirmou terá “um efeito significativo na concretização da nossa missão”. Revelando que a UMinho reunia a 7 de outubro, com o painel de peritos encarregue de avaliar o dossiê de candidatura ao PRR, que tem em vista a criação de cursos de curta duração direcionados para adultos e jovens. “Estamos convictos que temos uma candidatura forte e se esta vier a ser uma aposta ganha pela UMinho, vai permitir uma transformação expressiva do nosso portefólio de cursos”, disse. Acrescentando que a isto se devem “juntar benefícios na contratação de recursos humanos e também na renovação da nossa infraestrutura física e tecnológica”, respondendo com isto a algumas solicitações de Pedro Arezes. “Esta é de facto uma oportunidade única com a qual as Universidades estão confrontadas e que não dispusemos nestes últimos anos. Não podemos falhar neste processo”, rematou o Reitor.
Para além desta candidatura, a UMinho está presente em 34 candidaturas no âmbito das agendas mobilizadoras previstas na componente 5 (capitalização e inovação empresarial do PRR) e 3 candidaturas na componente 12 (bioeconomia sustentável). “Estamos também confiantes nos bons resultados destas candidaturas”, declarou.
Texto: Ana Marques
Foto: Nuno