Assinalando a importância e o significado destas sessões em formato presencial, o reitor da UMinho afirmou que “significa o retomar de uma tradição de assinalar a chegada à Universidade dos novos estudantes”, o que devido à pandemia, não aconteceu no ano transato. Salientando que esta, marca também, “o regresso pleno da Universidade à atividade presencial”.
Focando as suas palavras nas expectativas da Universidade e nos direitos, e deveres de cada estudante, o Reitor disse que a Universidade tem como objetivo “proporcionar experiências de aprendizagem que sejam transformadoras”, esperando dos novos alunos “um compromisso efetivo com as condições de estudantes do ensino superior”, implicando isto que aproveitem o conjunto de oportunidades que a Universidade oferece, seja a nível do ensino-aprendizagem, participação nos eventos académicos, culturais, associativos e recreativos, participação nos órgãos da Universidade, que aproveitem as experiências de internacionalização, “esperamos que entendam a vossa educação superior como um processo que vai para lá daquilo que é estritamente académico”, apontou.
Sobre os direitos, Rui Vieira de Castro enunciou que devem exigir um ensino de qualidade, devem ter o apoio da Universidade e dos professores, devem exigir aceder aos serviços e meios de aprendizagem, acesso à prática desportiva e cultural, a serem tratados com respeito e de forma não discriminatória.
O presidente da Associação Académica (AAUMinho), Rui Oliveira, começou por lembrar o “voo desafiante” que agora iniciaram, transmitindo que devem apostar no seu "crescimento como cidadãos completos", devem “voar para além das salas de aula”, participar na vida associativa, desportiva e social da academia. O dirigente associativo deixou ainda o alerta para a enorme carga horária de aulas dos estudantes, aproveitando a presença do reitor da UMinho e do ministro do Ensino Superior, Manuel Heitor para afirmar que “as Universidades devem ser exemplo para criar viagens equilibradas”, pois não é normal ter 12 horas de trabalho diário, contribuindo para o flagelo da saúde mental da sociedade, apontando que a UMinho deve “preocupar-se em contornar essa turbulência, sendo exemplo para outros”, contribuindo, dessa forma, “para aumentar o tempo em que é possível ter vidas saudáveis e experimentar as diferentes oportunidades que ela mesmo promove”, sublinhou.
Manuel Heitor afirmou que a UMinho “é sempre uma grande opção, e uma grande primeira opção, para os estudantes", revelando que no ano letivo que agora iniciou, metade dos jovens “entraram na 1.ª opção e 82% entraram nas três primeiras”. Para o ministro, apesar de o número de estudantes no ensino superior ter crescido ao longo dos últimos anos, deseja que o número aumente cada vez mais. "Hoje temos 52% dos jovens de 20 anos no Ensino Superior, eram 30% há uns anos, mas, daqui a dez anos, Portugal deve ambicionar ter seis em cada 10 jovens na universidade", indicou. Para isso, afirmou que "é preciso ter cada vez mais condições, para que mais jovens ingressem nas universidades".
Ana Marques