“Não somos uma ilha, somos uma parte deste vasto território que é a Universidade do Minho”, começou por afirmar a nova presidente da ESE, expondo que todos, em conjunto, contribuem para a missão da Universidade. Nesse sentido, afirmou que a sua Escola pretende reforçar o seu compromisso com a sociedade “estou certa que há muito para dar e para receber”, disse.
Sobre os desafios que se apresentam à ESE, Esperança Pereira considera que a “articulação entre a investigação e a formação” facultada aos alunos, deverá ser potenciada. A par disto, propõe, uma maior aproximação e articulação com as várias áreas do conhecimento desenvolvidas nas várias unidades orgânicas da Universidade.
Outro dos desafios elencados para a enfermagem, passa pela exclusividade do ensino de enfermagem no subsistema politécnico. Apontando que a sua não exclusividade “incrementará e consubstanciará o desenvolvimento da enfermagem”, permitindo a existência integrada da formação ao nível dos primeiros ciclos de licenciatura, mestrado e doutoramento. “Esta é uma questão política que poderá ser ultrapassada, haja vontade para isso”, declarou.
Assinalando que a ESE é a única Escola politécnica da UMinho, Rui Vieira de Castro realçou que a licenciatura “tem um elevado grau de reconhecimento social”, uma “história rica” e um “futuro interessante”, um futuro que afirma “vai requerer especiais cuidados”, e da parte da Escola, “um adicional de energia”.
Segundo este, a formação pós-graduada da ESE vai enfrentar desafios, decorrentes, designadamente, da suspensão de algumas das formações que lhe estão inscritas, apontando este como “um desafio maior”. Para além deste, a Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior tem vindo a adotar critérios cada vez maiores em duas dimensões: na investigação de suporte à formação e na qualificação do corpo docente, desafios aos quais incitou a ESE a responder.
O Reitor disse ainda, relativamente às infraestruturas da Escola, que “as obras nos laboratórios foram já consignadas, o que representa outro salto na vida da Escola, criando novas condições para a atividade de ensino e de investigação”, neste sentido, apelou, a uma aposta consistente no domínio da investigação, para que seja criada a possibilidade de candidatura de projetos a financiamento.
Sobre a criação de um doutoramento em Enfermagem na UMinho, uma ambição já antiga da ESE, o Reitor indica que esta questão requer a articulação com outras unidades orgânicas, apontando como parceiro “óbvio” a Escola de Medicina.
Texto: Ana Marques
Foto: Nuno Gonçalves