A Divisão de Alojamento dos SASUM integra quatro residências universitárias, duas em Braga e duas em Guimarães, distribuídas por 10 blocos residenciais. Os últimos tempos têm sido de reorganização, menos camas, mais higienização, colocação de avisos e sinalética, alterações nos espaços e tudo de máscara.
A chegada da COVID-19 trouxe consigo muitas mudanças. Entre as mais importantes estão o distanciamento físico, o uso da máscara e a higienização, comportamentos generalizados que se esperam ver cumpridos para bem de todos.
Nas residências universitárias da UMinho, para além de todas as mudanças que têm vindo a ser implementadas, espera-se dos estudantes residentes “um comportamento responsável”, afirma o coordenador da equipa de trabalho para a implementação das orientações da Direção-Geral de Saúde (DGS) nas residências universitárias. Carlos Videira afirma que “caso contrário é o funcionamento das residências que é colocado em causa, com prejuízo para todos os que necessitam desta oferta de alojamento”. Desta forma, o grupo de trabalho criado para o efeito, tem mantido um diálogo constante com a Associação Académica e com as Comissões de Residentes no sentido de garantir o cumprimento das regras, sinalizar problemas e apresentar sugestões de melhoria. “Um trabalho de articulação que tem sido fundamental para assegurar o funcionamento das residências e garantir o bem-estar de todos os envolvidos”, revelou.
Das 1399 camas disponíveis nas residências universitárias da UMinho, de forma a dar cumprimento a todas as recomendações da DGS, foi suprimida toda a oferta de camas em camaratas e alguns quartos foram transformados em áreas de isolamento - todos os blocos residenciais têm áreas de isolamento para estudantes que possam ser identificados como casos suspeitos ou casos confirmados de COVID-19. Nessa medida, como nos transmitiu a responsável da Divisão de Alojamento, Isabel Baião, “a capacidade atual das residências universitárias é de 1 274 camas, ou seja, tivemos uma redução na ordem dos 10%”.
As vagas nas quatro residências estão praticamente todas preenchidas, sendo que a prioridade vai sempre para os alunos bolseiros. “Neste momento, a taxa de utilização das nossas residências situa-se na ordem dos 97%”, esclareceu Isabel Baião, realçando que apesar de estarem quase lotadas, nota-se uma diminuição do movimento, isto porque, como indica, o momento exige que os momentos de convívio e de partilha sejam muito mais limitados, com a proibição da utilização das salas de jogos e as limitações de utilização das salas de estudo, de refeição e de convívio. “Mas são normas necessárias para garantir a prevenção e o controlo da infeção”, aponta.
Logo à entrada, vemos os avisos que, em parte, também justificam aquela calma. A chegada da COVID-19 trouxe diversas alterações no funcionamento das residências a vários níveis, de modo a diminuir o risco de infeção e, simultaneamente, manter uma capacidade que dê resposta às necessidades dos estudantes deslocados da UMinho. Como nos explicou Carlos Videira, “no que diz respeito à gestão do espaço, foi alterada a disposição das camas em quartos duplos, de forma a assegurar a distância lateral máxima. Está proibida a partilha de roupeiros, armários, prateleiras, mesas ou equivalentes, sendo que foram colocadas divisórias para assegurar o cumprimento dessas regras. Depois há a questão do distanciamento de segurança: as distâncias mínimas entre pessoas foram marcadas no piso, foram definidos circuitos de circulação que evitam o cruzamento entre utilizadores, foi limitada a lotação dos espaços comuns e os equipamentos disponíveis foram ajustados para evitar o ‘frente a frente’. Relativamente às medidas de higiene, foram colocados dispensadores de SABA em todos os pisos e foi instituída a obrigatoriedade do uso de máscara em todos os espaços comuns. De igual modo, a limpeza também foi reforçada em todos os blocos residenciais”.
A questão da limpeza foi mesmo um dos aspetos mais reforçados. As Residências foram alvo de uma limpeza e desinfeção geral de todos os espaços de todos os blocos residenciais antes da entrada dos residentes no ano letivo 2020/2021, e, diariamente, como nos referem os responsáveis, as instalações sanitárias são lavadas e desinfetadas três vezes por dia. As mesas, cadeiras e restante mobiliário dos espaços comuns, como salas de convívio, salas de estudo e salas de refeições são, de igual forma, frequentemente higienizadas, com desinfetante à base de álcool, sobretudo após os períodos de maior utilização das mesmas, pelo menos, três vezes por dia.
Quanto à utilização das cozinhas e das salas de refeição, esta continua a ser possível, no entanto, como nos salientou Carlos Videira, “foram definidas várias regras de funcionamento para garantir o distanciamento físico, foi revista a lotação máxima dos espaços e o posicionamento dos equipamentos também foi ajustado, privilegiando o “lado a lado” em detrimento do “frente a frente”.
Na fase atual, e quando os casos positivos na UMinho têm vindo a aumentar de semana para semana, também nas residências universitárias já foram identificados casos suspeitos e outros confirmados, pelo que “foram ativados todos os procedimentos previstos no Plano de Contingência das Residências Universitárias que está de acordo com o Plano de Contingência Interno da UMinho e as orientações da DGS”, revelou o coordenador da equipa de trabalho. Frisando que os residentes “receberam informação dos procedimentos a seguir em casos suspeitos, casos confirmados e contactos de alto risco”, bem como os “contactos” para onde devem ligar no caso de sentir sintomas suspeitos de COVID-19.
No ano em que se bateu o novo recorde de entradas no Ensino Superior, com 51 mil alunos a ingressarem, e com a capacidade das residências reduzida, o Estado assinou um acordo para que os estudantes possam instalar-se em unidades de alojamento local, hotéis ou pousadas. Na UMinho, segundo Isabel Baião “neste momento, há uma oferta adicional de 21 camas nas Oficinas de São José e de 15 camas na Pousada da Juventude em Guimarães”, acrescentando que “estamos também em contacto com a Associação Vimaranense de Hotelaria no sentido de identificar potenciais interessados em ceder camas para estudantes universitários, no âmbito do protocolo que foi assinado entre a Direção-Geral do Ensino Superior e as unidades de alojamento”.
Face à “nova realidade”, em que um grande número das aulas é à distância, os SASUM viram-se no dever de criar as melhores condições para que os seus estudantes alojados nas residências possam aceder às mesmas nas melhores condições, pelo que levaram a cabo um estudo sobre a infraestrutura de comunicações Wi-fi nas Residências Universitárias que “está em fase de implementação”, afirmou Carlos Videira. Este estudo prevê um aumento do número de Access Points (AP’s) disponíveis em todos os blocos residenciais e um upgrade da largura de banda de 200Mbps para 500Mbps. “Neste momento, estão a ser levados a cabo testes de cobertura de sinal entre os quartos das várias residências”, atesta.
Com múltiplos desafios ao longo dos últimos meses e um acompanhamento constante dos estudantes que exigem muitas vezes uma capacidade de agir de forma rápida e eficaz, o coordenador do grupo de trabalho garante: “acreditamos que temos feito tudo o que é possível para garantir a segurança e a melhor experiência possível aos nossos estudantes alojados nas residências universitárias”.
Fonte: UMdicas
Fotos: Nuno Gonçalves