Perante a grave situação sanitária que vivemos, ao contrário dos anos anteriores, a cerimónia de boas-vindas, decorrida no passado dia 7 de outubro, em Guimarães, contemplou apenas a presença de um aluno de cada curso de licenciatura/mestrado integrado colocado na 1.ª fase do Concurso Nacional de Acesso e ainda representantes dos cerca de 300 alunos que acolheram os novos estudantes da UMinho, mas todos puderam assistir à cerimónia “online”.
Como começou por dizer o reitor da UMinho, “não será apenas esta a situação que encontrarão na Universidade a funcionar em moldes diferentes”, explicando que houve toda uma reorganização da Academia de forma a dar cumprimento às orientações da DGS, regras a que todos estarão sujeitos naquele que será o “novo normal” no dia a dia da Universidade.
“Sabemos das vossas expectativas em relação à Universidade. Acreditamos que com o vosso compromisso e colaboração vos iremos garantir uma formação superior de grande qualidade e tornar a vossa vivência universitária uma experiência inesquecível”, afirmou Rui Vieira de Castro, lembrando aos estudantes que confia que haverá da parte deles “um compromisso efetivo com a vossa condição de estudantes do ensino superior”.
Não esquecendo também os seus direitos enquanto estudantes, o Reitor pediu que olhassem para a sua educação superior “como um tempo de crescimento, um tempo em que se joga parte importante do vosso futuro, assumam um compromisso sério com a vossa formação académica, pessoal e social”, disse.
Já o presidente da Associação Académica começou o seu discurso afirmando que, tendo em conta a realidade atual e as grandes questões que o mundo nos tem colocado, esta é uma boa oportunidade para as Universidades provarem a sua “centralidade” e a sua “relevância” na construção do futuro do país e da humanidade.
Dirigindo-se aos novos colegas, Rui Oliveira apontou que “Portugal e o mundo precisam de jovens cada vez mais comprometidos e dedicados ao futuro comum”. Salientando que devem “aproveitar esta fase para aquisição de competências profissionais e sociais”, através de uma participação ativa na dinâmica da Universidade. Chamando-os à atenção de que “para além de bons profissionais, devem ser bons cidadãos”, por isso, devem aproveitar este tempo para a vivência de “diversas experiências em ambiente académico, sejam de âmbito desportivo, cultural ou social”.
O dirigente associativo indicou ainda que “precisamos de cidadãos 5.0”, cidadãos competentes, comprometidos, corretos, tolerantes, solidários, criativos e pró-ativos, afirmando que “são desde hoje embaixadores de um futuro de sucesso”.
Ana Marques
Foto: Nuno Gonçalves