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Academia, 16.10.2020 às 16:28
Escola de Medicina celebrou 20 anos com reforço de autonomia
A cerimónia teve lugar no Altice FORUM Braga, a qual incluiu também, a tomada de posse da nova Presidência da Escola de Medicina da Universidade do Minho (EMUM) para o triénio 2020/2023.

A Escola de Medicina celebrou no passado dia 9 de outubro, o seu 20.º aniversário, marcado por críticas aos governantes, tanto do presidente Nuno Sousa, como do reitor Rui Vieira de Castro, que apontaram, principalmente, a falta de oportunidades para internato médico, bem como o facto de o Hospital de Braga não ter sido reconhecido como Hospital Universitário.

A cerimónia teve lugar no Altice FORUM Braga, a qual incluiu também, a tomada de posse da nova Presidência da Escola de Medicina da Universidade do Minho (EMUM) para o triénio 2020/2023, que terá como presidente Nuno Sousa, e como Vice-presidentes Jorge Pedrosa, José Miguel Pêgo e Pedro Morgado.
20 anos de um projeto educativo que mudou a Universidade do Minho (UMinho), mudou o país na perspetiva da educação médica e das restantes profissões de saúde”, começou por assinalar o presidente da EMUM, Nuno Sousa, que voltou a não esquecer a questão do internato médico, “ao qual muitos dos estudantes não têm acesso”, estranhando que “não se fale nisto” e questionando “porque não se faz nada para contrariar isto”.

Com o pensamento no futuro, Nuno Sousa refere que se deve pensar a preparação médica para 2050, afirmando que “deve haver uma mudança profunda da forma de preparar os profissionais do futuro”, assinalando entre essas mudanças “preparar os médicos com outras competências que sejam relevantes para o exercício profissional, construindo percursos paralelos”.

Sobre a questão do Hospital Universitário, o presidente da EMUM afirma que “somos os únicos no país que não tem reconhecido um hospital universitário”, expondo que “uma escola de medicina não se cumpre se não aportar valor social, acreditamos que está na hora também, de prestar cuidados de saúde”, disse.
Sobre a parceria celebrada com o Município de Braga, que também se deverá estender ao de Guimarães, Nuno Sousa expõe que a Escola de Medicina pretende ser “o epicentro de um ecossistema inovador de saúde na região e quiçá para o país”.

Felicitando a Escola de Medicina não apenas pelos 20 anos de atividade, mas sobretudo, “porque a qualidade dessa atividade possibilitou que se tornasse uma referência no sistema de educação médica do país e se projetasse de forma notável no contexto global”, Rui Vieira de Castro afirmou que esta é “um projeto institucional de que a UMinho se orgulha”.

Criticando o facto de não ter sido concedido o título de Hospital Universitário ao Hospital de Braga, o qual diz comparar “com outros, a quem o título foi atribuído”, o responsável da Academia salienta que “no meio de incompreensões e desatenções, fica uma certeza, a qualidade do projeto que construímos”.
Sobre o memorando de entendimento assinado entre a Universidade e a Escola de Medicina, o qual vem ampliar ainda mais a autonomia da EMUM, Rui Vieira de Castro referiu que o Contrato Programa visa “buscar um novo ponto de equilíbrio” numa relação virtuosa entre “autonomia e responsabilidade”, esperando da Escola, que no contexto difícil que se atravessa “um compromisso forte e continuado com o projeto global da UMinho”.



Texto: Ana Marques

Foto: Nuno Gonçalves 

Arquivo de 2020