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Academia, 08.10.2020 às 17:06
EEUM celebrou 45 anos com pensamento no futuro
A Escola de Engenharia da Universidade do Minho (EEUM) comemorou o seu 45.º aniversário no passado dia 6 de outubro, e o futuro esteve em destaque, patenteado pela apresentação nova assinatura de marca da Escola “Tomorrow needs engineering”, que evoca alguns objetivos, mas principalmente, exibe a crença no futuro e na necessidade da Engenharia.

A nova assinatura de marca é assim um manifesto e posicionamento da EEUM como instituição de ensino e investigação de excelência nas mais variadas área da Engenharia. Apontando para a internacionalização, a assinatura é a afirmação que a engenharia está cá para apontar desafios e antecipar soluções para um futuro melhor.

A sessão de encerramento das comemorações dos 45 anos da EEUM, contou com a intervenção do Secretário de Estado do Planeamento, José Mendes, do Reitor da Universidade do Minho, Rui Vieira de Castro, e do Presidente da Escola de Engenharia, Pedro Arezes.

“Não menosprezando o passado, o nosso maior ativo é o futuro”, afirmou o presidente da EEUM, apontando que “é no futuro que está a chave da nossa afirmação como Escola de Engenharia de referência, referenciada e criativa”.

Sobre algumas estratégias para este futuro, Pedro Arezes refere que a EEUM deve tentar cativar “os melhores recursos humanos” e deve ser exigente “na formação que queremos oferecer”.
Sobre o tão falado Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), o presidente indica que a Engenharia e a Universidade terá “um importante papel” na forma como o anunciado Plano será aplicado.
Dirigindo-se a Rui Vieira de Castro, Pedro Arezes deixou algumas preocupações que vê como importantes no curto prazo, entre elas, “o necessário rejuvenescimento da estrutura de recursos humanos” da Escola, o “reforço da estrutura docente” e o “investimento nas infraestruturas”, não só em novas estruturas, mas também manutenção e recuperação do edificado.

Marcando presença no aniversário da “sua” Escola, o Secretário de Estado do Planeamento aproveitou para apresentar o PRR, que segundo este será “uma lista de compras de investimentos”, explicando que os projetos apresentados, para serem a provados devem ser ilegíveis, exequíveis, sem dívida e com duplo efeito. Para o governante, este Plano pretende potenciar “uma economia mais bem preparada no futuro”, significando isto, ser mais competitiva a nível empresarial. Afirmando assim que o “conhecimento terá um papel absolutamente crítico”, pois, “as empresas só são competitivas com incorporação de conhecimento”, dessa forma, “o papel das universidades é absolutamente crítico, é por isso que o Plano inclui o critério de parceria”, disse.

José Mendes ressaltou ainda que a UMinho e a Escola de Engenharia, com a sua experiência, “estão muito bem posicionadas para fazer parte de algumas dessas agendas mobilizadoras e ajudar a que este dinheiro seja bem utilizado, pois não vamos ter outra oportunidade igual a esta, é uma oportunidade extraordinária”, apontando que são 13 000 milhões de euros para gastar no espaço de menos de 6 anos “sei que a UMinho é capaz de a agarrar”, patenteou.

Evocando a importância que as universidades têm na recuperação económica e social do país, Rui Vieira de Castro aproveitou a presença do membro do Governo para afirmar que “as universidades esperam que, ao contrário do que se passou no Plano de Estabilização Económica e Social, seja assegurada a sua ilegibilidade nos programas do PRR”, esperando que estes acolham a geração de programas relevantes para a modernização das próprias instituições, designadamente, “ao nível da sua transformação digital”, “eficiência energética dos edifícios” e “reforço da ação social no ensino superior”. Apontando que o Plano abre “importantes oportunidades para as universidades”, o responsável explica que para que estas oportunidades sejam adequadamente exploradas, “as universidades devem ser dotadas de meios que lhe são imprescindíveis”, entre eles: a urgente renovação do corpo docente envelhecido, modernização das infraestruturas científicas e pedagógicas, e renovação do edificado, “trata-se de necessidades prementes das instituições”, disse.

Alertando para que a Universidade se deve “preparar para tempos particularmente desafiantes”, declarou que a EEUM “terá aqui um papel central”. Realçando ainda que “os tempos que temos pela frente vão ser duros e dificilmente a Universidade evitará os efeitos da crise económica e social que temos pela frente”, por isso, a UMinho vai precisar de uma “visão clara” sobre os caminhos que quer fazer, e como os quer fazer “não podemos vacilar na defesa do modelo de Universidade que é o nosso, que tem na presença física dos seus membros, as suas marcas identitárias”, disse.

O programa incluiu a palestra “dor  dever de responsabilidade social. oportunidade da responsabilidade social. responsabilidade social empresarial”, pelo presidente do grupo dst, José Teixeira. 

A cerimónia ficou ainda marcada pela entrega de prémios aos melhores alunos e diplomas de reconhecimento a elementos da comunidade aposentados no último ano.

Ana Marques

Foto: Nuno Gonçalves

Arquivo de 2020