Identificada em 1983, no âmbito de sondagens realizadas pela Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho, a área arqueológica das Carvalheiras foi escavada ao longo de mais de duas décadas, até ao ano de 2001, representando a segunda maior área com ruínas romanas de Braga, a seguir à vizinha Colina da Cividade, onde se encontram umas termas públicas, abertas à visita e o teatro romano, ainda em escavação.
Conhecida por exibir a única casa romana totalmente escavada da antiga Bracara Augusta, com uma área de cerca de 1.300 m2, a Zona das Carvalheiras está classificada como em Imóvel de Interesse Municipal, estando a ser objeto de novos trabalhos arqueológicos pela Unidade de Arqueologia, que visam informar o projeto integrado de valorização, musealização e adequação à visita desta importante área arqueológica, o qual está a ser desenvolvido no âmbito de um acordo de cooperação, celebrado em 2018, entre a Universidade do Minho (UMinho) e a Câmara Municipal de Braga (C.M. Braga).
Coordenado por Manuela Martins, vice-reitora da UMinho, o projeto conta com a colaboração de José Alejandro Carballo e Ricardo Mar Medina, responsáveis pelas soluções arquitetónicas do mesmo, prevendo-se que a fase de construção possa vir a ser concretizada em 2021. E é no contexto deste projeto de cooperação que cerca de 50 estudantes de Arqueologia da UMinho podem realizar a sua formação prática, salvaguardando-se toda a necessária segurança exigida pelos constrangimentos atuais.
Ciente do elevado valor patrimonial do conjunto arqueológico das Carvalheiras, Manuel Heitor estará de visita ao local juntamente com Rui Vieira de Castro, reitor da UMinho, Manuela Martins, vice-reitora da UMinho para a Cultura e Sociedade e Ricardo Rio, presidente da C.M. Braga.
Fonte: GCII