Ao longo de três anos, o SUnStAR desenvolveu uma plataforma que integra, simultaneamente, um instrumento de autodiagnóstico para estudantes do ensino superior em risco de abandono e um conjunto de módulos de reflexão e aprendizagem, incluindo a ligação a serviços de informação e de apoio nas universidades, de modo a promover o desenvolvimento pessoal, o sucesso académico e a permanência e conclusão dos cursos pelos estudantes.
O projeto é financiado pela Comissão Europeia, no âmbito do Programa Erasmus+ “Cooperação para a Inovação e o Intercâmbio de Boas Práticas”. Envolve, desde 2017 e até setembro próximo, sete instituições da Alemanha, Grécia, Sérvia e Portugal, o qual é representado pela UMinho e pelo ISPA, que coordena o projeto.
Em Portugal, só 30% dos estudantes acabam a licenciatura no tempo previsto de três anos, abaixo da média de 39% dos países da OCDE, segundo o relatório “Education at a Glance 2019”. E 12% dos alunos desistem antes do 2.º ano da faculdade. Explicações possíveis para esses valores são a desmotivação, o não ingresso no curso desejado, dificuldades económicas ou a possibilidade de ingressar no mercado de trabalho.
O problema é reconhecido pelas universidades, que – apesar do subfinanciamento crónico, que condiciona políticas mais eficientes – garantem estar atentas e a tomar medidas. Por exemplo, através de tutorias por colegas mais velhos e ex-estudantes, do ensino com casos reais, da inovação pedagógica e de mais formação docente. No caso da UMinho, nos últimos anos foram criados o Gabinete para a Promoção do Sucesso Académico (com diversas ações no terreno), o ObsertatoriUM - Observatório dos Percursos Académicos (sistematiza dados sobre as trajetórias heterogéneas dos estudantes) e, entre outros projetos, o Fundo Social de Emergência (apoia estudantes com dificuldades económico-sociais).
Fonte: GCII