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Academia, 02.12.2019 às 17:01
Crescimento exponencial de investigadores é também uma alteração qualitativa
“Os investigadores da UMinho são um corpo que vem a ter uma importância crescente na instituição”, palavras do reitor Rui Vieira de Castro que frisou durante a conversa com os investigadores da Universidade do Minho, que a alteração quantitativa, é também qualitativa.

A conversa com a comunidade de investigadores decorrida no passado dia 26 de novembro, deu início ao segundo ciclo de sessões de debate com os vários corpos da Universidade denominada “Reitor conversa com…”, a qual teve início em dezembro de 2018 e já contemplou sessões com estudantes, trabalhadores técnicos, administrativos e de gestão e também com os investigadores. Esta iniciativa insere-se num plano de auscultação informal da academia e concretiza-se num conjunto de encontros, de caráter regular, abertos à discussão de matérias relevantes para a organização e funcionamento da Universidade.

Acompanhado pelo pró-reitor para a Investigação, Filipe Vaz, o reitor apontou que “a mudança não se faz sem alguns sobressaltos e sem algumas dores”, transmitindo que gostaria que esta sessão fosse algo mais do que “um muro de lamentações”. Afirmando esperar da parte dos membros de “um corpo cada vez mais importante na Universidade” que não sejam “indiferentes” ao futuro desta, pois são “em larga medida parte do seu futuro”.

A iniciativa dá seguimento ao compromisso assumido no Plano de Ação 2017-2021, nomeadamente na concretização do objetivo programático “Promover a participação de docentes, investigadores, trabalhadores não docentes e estudantes na vida da UMinho”, tendo sido trazidos, da parte do reitor, quatro pontos essenciais para esta sessão: Recursos Humanos (PREVPAP, Novo Regulamento de Bolsas, Emprego Científico: Candidatura Institucional); Evolução dos Projetos I&D; Evolução dos Investigadores: bolsas e contratos; Projeto de Regulamento de Avaliação do Desempenho dos Investigadores da UMinho, não fechando a “porta” a qualquer outro assunto do interesse dos investigadores.

Sobre o Programa de Regularização Extraordinária dos Vínculos Precários na Administração Pública (PREVPAP), Rui Vieira de Castro informou que houveram 260 candidatos, 120 dos quais serão integrados. Destes, 12 são investigadores, para os quais a Universidade votou desfavoravelmente, uma vez que “há modos típicos de acesso à carreira de investigação” afirmou o reitor, sendo que não vê no PREVPAP o instrumento ideal para o fazer. A integração destas pessoas representará um encargo financeiro adicional de 1,7 milhões, sendo que só os 12 investigadores traduzem um encargo de 600 mil euros. O reitor acredita que o dossier do PREVPAP estará fechado até ao final do presente ano, pelo que os trabalhadores deverão ser chamados a assinar contrato até lá.

Durante este ano de 2019 foram celebrados contratos com cerca de 130 investigadores, sendo que, neste momento, a UMinho conta com cerca de 350 investigadores contratados e cerca de 650 bolseiros. A par dos 12 investigadores que deverão ver a situação regularizada através do PREVPAP “podemos vir a ter um número ainda maior através da candidatura institucional”, afirmou o reitor. Em causa estão mais 35 lugares, 29 para investigadores e 6 para docentes.

Para Rui Vieira de Castro, os investigadores são "o futuro da academia", aquém e além-fronteiras. Neste momento, a Academia tem 635 projetos de investigação em curso e, pela primeira vez o financiamento da Universidade em projetos de I&D é semelhante ao do Orçamento do Estado.

Texto: Ana Marques

Foto: Nuno Gonçalves

Arquivo de 2019