Loja UMinho
Academia, 11.11.2019 às 16:04
Loja oficial da UMinho quer trazer mais centralidade ao Paço
Inaugurada no passado dia 19 de setembro, a loja “veio complementar e trazer uma nova centralidade à chamada Nova Galeria do Paço”

Foi no cruzamento de três ideias que surgiu a loja oficial da Universidade do Minho (UMinho), reforçar a interação com a sociedade, promover a imagem da Universidade e criar uma maior centralidade do Largo do Paço fez emergir o novo espaço que é composto pela loja de merchandising e pela sala da interação.

Inaugurada no passado dia 19 de setembro, a loja “veio complementar e trazer uma nova centralidade à chamada Nova Galeria do Paço” que é, na verdade, toda a ala nascente do Largo do Paço, em Braga, afirmou a vice-reitora para a Cultura e Sociedade da UMinho, Manuela Martins. Esclarecendo que loja resultou de um contexto que fez com que fossem criadas as condições para que ela existisse “como foi a deslocalização dos serviços administrativos, que permitiu que o espaço ficasse disponível, mas também daquilo que é o plano estratégico desta equipa reitoral e da vice-reitoria que lidero”.

A Nova Galeria do Paço é assim, unicamente, dedicada a cultura, à arte, às letras, onde se fazem exposições permanentes, concertos e apresentações de livros, de que esta loja é mais um elemento. “Neste momento, o Largo do Paço é composto por três corpos: o lado nascente dedicado à cultura, o corpo norte ocupado pela Reitoria e o poente onde temos a Biblioteca Pública” contou a vice-reitora, sublinhando que “com esta estratégia, pensamos que é possível reforçar a centralidade do Paço e trazer cá muita mais gente”.

A ideia inicial seria que a loja vendesse os livros da UMinho Editora, mas acabou por se somar aos livros, outros produtos. “Nunca tinha havido uma política de merchandising dentro da Universidade e, entendia, que era possível usar este espaço do Largo do Paço para reforçar a estratégia de interação da Universidade com a Sociedade do ponto de vista cultural e, contribuir, de uma maneira muito marcante para melhorar a imagem da Universidade junto da cidade e das pessoas e colaborar para uma estratégia de dar maior centralidade à Reitoria, que é o Paço Episcopal de Braga”, transmitiu Manuela Martins.

Pensada para cobrir um leque muito variado de públicos, a loja é composta por dois espaços. Na loja de merchandising podemos encontrar desde um simples lápis customizado com o nome da UMinho, por apenas 1 euro, garrafas de água, porta-chaves, mochilas, sacos, canecas, produtos para crianças, t-shirts, entre outros. Uma linha mais institucional, em que o nome e o símbolo da academia é valorizado. Dentro da linha mais patrimonial existem produtos de um nível mais elaborado, como são os porta-lápis embalados com o mapa das ruas de Braga, os lenços de seda inspirados nos motivos dos tetos da Biblioteca Pública, a chávena e pires de café com decoração a lembrar os ornamentos do edifício da reitoria, as capas de almofada que se inspiram em padrões que se repetem ou no mascarão do escadório principal do Paço e a variada coleção de blocos de notas customizados com vários temas, como, por exemplo, a confirmação do couto de Braga por D. Afonso Henriques em 1128, considerado o documento mais antigo da nacionalidade, dentro desta “gama” a peça mais cara é o Mapa das Ruas de Braga, editado pela IBM. Foi feito em 1750 e representa todas as fachadas das ruas de Braga do século XVIII. Dois livros que custam 185 euros. “Uma série de produtos que procuram ir referenciando o património da nossa Universidade, verdadeiros tesouros que estão escondidos”, concluiu a responsável.

Na sala da interação procura-se “a interação com o território num sentido muito alargado”, afirmou a vice-reitora. A UMinho tem múltiplas relações com as regiões, com o país, mas também com os diferentes continentes, interação essa que não se faz apenas do ponto de vista empresarial e tecnológico, mas também do ponto de vista cultural. “A ideia é que este espaço funcione como forma de chamada de atenção para aquilo que é essa relação cultural”, disse. Nesta sala, para já, a aposta tem passado pelo artesanato, sobretudo da região do Minho e da Beira Alta, onde só existe artesanato certificado e peças únicas. “São produtos que não são competitivos com outras lojas, a ideia não é essa”, salientou Manuela Martins. Neste espaço podemos ver um tear e peças resultantes deste, lenços dos namorados únicos, bijutaria de bilros de Vila do Conde, trajes de Viana do Castelo, mel de Barroso, entre outros. “A Universidade é do Minho, mas tem um raio de ação muito amplo”, concluiu.

Em fevereiro vão estar patentes produtos do Côa, sendo que a ideia é “um dia trazer exposições de objetos de outros continentes”, apontou.

Desta forma, os produtos estão direcionados não só aos públicos internos da UMinho, mas também ao cidadão comum, aos turistas e até a públicos mais diferenciados que se interessam por temas mais específicos.

Com a disponibilização dos produtos online prevista para breve (até final do ano), através do site da Universidade, qualquer pessoa poderá comprar os produtos da loja oficial da UMinho em qualquer parte do mundo.

A ampliação da loja está prevista para Gualtar e Azurém, justificada pela “forte dinâmica nos dois campi”, confirmou Manuela Martins.

Ana Marques

Arquivo de 2019