Caracterizando o ICS como uma entidade “madura”, mas “inquieta e desejosa de crescer com qualidade” que “ambiciona expandir e consolidar todo o seu potencial”, a presidente do Instituto fez um balanço do último ano, destacando que o ICS caminha a passos firmes para a “afirmação como Instituto com investigação de alto nível”.
A convicção advém dos resultados da última avaliação da FCT, que atribuiu a classificação máxima aos dois centros de investigação do ICS, que representam um financiamento de cerca de 4 milhões de euros e 18 bolsas de doutoramento, uma proposta de financiamento para 2020-2023, que segundo Helena Machado é “uma oportunidade ímpar, sem precedentes na nossa história mais recente, para podermos dar o salto qualitativo e quantitativo ao nível da investigação que fazemos, da inovação que potenciamos e do impacto que difundimos”, disse.
A responsável revelou também que o ICS submeteu para aprovação um novo mestrado em Media Arts, resultante da parceria com Braga Cidade Criativa, o qual afirma ter como objetivo “reforçar a centralidade da UMinho no plano cultural e criativo da cidade de Braga”. De assinalar ainda que o ICS está a organizar a 8th European Communication Conference, a maior conferência de Ciências da Comunicação que decorrerá em outubro de 2020, e espera receber cerca de 1300 participantes.
Sobre o ensino ministrado no ICS, Helena Machado destaca os cerca de 1400 estudantes dos 22 projetos de ensino nos três ciclos de estudo, apontando duas propostas de novos projetos: o mestrado em Género e Sexualidade e o Mestrado em MediaArts, duas áreas que justifica como de “grande pertinência na atual sociedade” e de “escassa oferta formativa a nível nacional”.
Mas, como salientou “nem tudo é risonho”, assinalando que o ICS continua sem instalações para acolher o crescimento em recursos humanos associados à investigação e sem o centro multimédia, prometido há vários anos, algo que a presidente acredita que irá para a frente em 2020.
Em representação do Reitor esteve presente a vice-reitora para a Cultura e Sociedade, Manuela Martins que afirmou que “o ICS pode orgulhar-se dos seus feitos”. Incitando o Instituto a continuar “atento aos novos desafios” da sociedade, a responsável apontou ainda que a prestação de serviços à comunidade deve ser "fomentada ainda mais” pelo ICS, bem como o trabalho para o desenvolvimento da consciência crítica dos cidadãos e da sociedade, estratégia que diz ser “a estratégia central” destes 43 anos do ICS.
A cerimónia comemorativa terminou com a reflexão de Miriam Halpern Pereira, professora aposentada do ISCTE-IUL que conduziu a conferência “Mudanças, ruturas e continuidades”.
Texto: Ana Marques
Fotografia: Nuno Gonçalves