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Academia, 30.10.2019 às 12:16
Sustentabilidade, mobilidade suave, segurança e interação da comunidade são as apostas para o campus de Azurém
Tendo como prioridade a melhoria da qualidade de vida nos campi, a Universidade do Minho (UMinho) apresentou no passado dia 23 de outubro, o Plano de Desenvolvimento Integrado do campus de Azurém, um trabalho que reflete ideias de preservação e valorização dos espaços, mas que se encontra ainda em discussão e à espera de contributos.

Para o pró-reitor para a Qualidade de Vida e Infraestruturas, Paulo Cruz, este deve ser “um exercício que envolva a Academia”. O projeto tem vindo a auscultar as sugestões dos alunos, para além de um contributo de uma equipa multidisciplinar onde estão representadas as escolas de arquitetura, ciências, geografia e engenharia, mas também a Associação Académica, os Serviços de Acção Social, Serviços Técnicos, “interfaces” e a Câmara Municipal de Guimarães.

Os Planos de Desenvolvimento Integrado dos campi (Azurém e Gualtar) são uma prioridade estabelecida pela equipa reitoral, inserida no plano de Acção da Universidade do Minho para 2017/2021, sendo a ideia conseguir, a médio-longo prazo, tornar os campi espaços mais sustentáveis e próximos das pessoas.

O estudo para o campus de Azurém agora apresentado, tal como referiu a coordenadora, Marta Labastida “são apenas ideias e não soluções”, apenas “organiza as linhas estratégicas do tipo de campus que queremos”, entre as quais se incluem: jardins urbanos; construção de um estacionamento em altura que sirva outros propósitos, como atividades desportivas ou culturais, de modo a aproximar a população do campus; praças e espaços identificados por nomes, de forma a facilitar a localização e orientação dentro do campus; identificar percursos ou atalhos existentes no campus; aproximar edifícios e facilitar a leitura de espaços; melhoramento de pisos e a adoção de pavimentos mais indicados; colocação, em vários espaços do campus, de facilidades desportivas e de lazer, por exemplo, mesa de pingue-pongue; parques de estacionamento nas periferias, de modo a retirar os automóveis do campus, medida que estará dependente das políticas adotadas pela autarquia; locais de carregamento de carros elétricos; melhoramento de acessos para pessoas com mobilidade reduzida, etc.

O objetivo é seguir os exemplos da Europa e do nosso país, no intuito de fazer do campus um laboratório de boas-práticas “como é o caso da Universidade de Berlim e de Aveiro, que incentivam os estudantes a praticar desporto”, referiu Paulo Cruz.

“Segurança, mobilidade suave e promoção do uso de espaços públicos e verdes” são os principais objetivos, segundo o pró-reitor, afirmando que o Plano “deve estar pronto a partir do próximo ano”. Até ao final do mandato, a reitoria pretende ter os dois planos desenvolvidos (Azurém e Gualtar).

Paulo Cruz adiantou ainda que muitas destas ideias “não têm prazos para se concretizar”, havendo algumas que têm prioridade, como a alteração da passadeira que se encontra na entrada do campus de Azurém, uma vez que como referiu “os estudantes correm perigo, pois é um local de entrada e saída de veículos”, e outras que serão mais fáceis de executar, sendo que tudo dependerá da disponibilidade financeira da Universidade.

Para o reitor da UMinho, Rui Vieira de Castro “mexer nos campi é sempre um processo de enorme delicadeza”, defendendo que também por essa razão “este Plano faz todo o sentido” uma vez que irá ter contribuições de toda a Academia e até externas. Advertindo que “temos hoje efeitos negativos nos nossos campi da inexistência de um Plano que nos permita, que quando confrontados com a realidade de fazer uma intervenção, decidir sobre a natureza da mesma face há existência dessas linhas estruturantes do nosso campus”. Esclarecendo que este Plano irá “permitir que em cada momento se tomem decisões sobre o que é possível ou não, sobre o que queremos transformar ou não”, disse.

O responsável máximo da academia minhota sublinhou que apesar de tudo “temos que trabalhar com quadros de restrição, que não acredito sequer que mudem em termos de investimento no ensino superior. Temos de ser capazes de gerir os recursos escassos que temos da forma mais inteligente que nos for possível e, ter sempre uma perspetiva de conjunto, global e integrada”, apontou.

As sugestões/contribuições podem ser enviadas para o e-mail: sec-pcruz@reitoria.uminho.pt.

Texto: Ana Marques

Fotos: Nuno Gonçalves

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