“O IE tem como desafios vincar quem somos, pensar o percurso feito, mas também o caminho a fazer”, começou por dizer Leandro Almeida, realçando que a nível do ensino é preciso “encontrar espaços” para reestruturar o ensino pós-graduado e pensar novas áreas de formação, uma vez que a atual “oferta formativa que temos não capta tantos estudantes quantos os que gostaríamos de captar”, disse o presidente empossado.
A cerimónia empossou também as vice-presidentes Maria Alexandra Gomes e Natália Fernandes, que juntamente a Leandro Almeida tem como grande missão recuperar os cerca de um terço dos alunos perdidos nos últimos 10 anos. O Desafio foi indicado pelo reitor Rui Vieira de Castro que declarou ser preciso “contrariar esta tendência”, destacando que “existe espaço”, uma vez que “temos apenas 50% das pessoas a virem para o ensino superior”, disse.
Segundo o reitor, devem ser direcionadas iniciativas para públicos concretos, devem ser promovidas iniciativas de divulgação nas escolas secundárias, ações que não devem ser “desligadas” de uma reorganização do ensino, isto de forma a “libertar recursos para exploração de outras áreas de ensino e investigação”, disse. Apontando que a unidade orgânica deve explorar a formação de professores e o ensino à distância, afirmou que o IE “deve encontrar novas razões de ser, novos sentidos de existir”.
A nível da internacionalização, Rui Vieira de Castro transmitiu que a aposta do IE não deve estar focada apenas nos PALOP, Brasil e Timor, propondo virar-se para o “espaço europeu de ensino e investigação”, sublinhando que “aqui há muito caminho a ser feito”.
Texto: Ana Marques
Fotografia: Nuno Gonçalves