"A EPsi apostou numa visão de psicologia como ciência experimental com forte aplicação social”, afirmou Miguel Gonçalves, que considerou assertivo o caminho trilhado pela Escola de Psicologia no ensino, na investigação e na interação com a comunidade externa.
“A Escola atua numa área científica e de formação bastante homogénea, mas vem a revelar capacidades muito significativas de articulação com outras unidades orgânicas e outras áreas de formação”, avaliou Rui Vieira de Castro, que também parabenizou a Escola pela ousadia na criação de novos rumos. A EPsi tem parceria com outras universidades para criação de uma licenciatura com tripla titulação, articulou-se com a Escola de Direito da UMinho para a criação da Licenciatura em Criminologia e Justiça Criminal e tem programas de mestrado e doutoramento.
Para a futuro, Miguel Gonçalves falou da necessidade de superar desafios internos e externos na adaptação ao cenário de mudanças no mundo profissional. Um rearranjo previsto está na superação da divisão entre psicologia básica e psicologia aplicada. “Estamos prestes a reorganizar todos os graus de ensino numa lógica menos dicotómica e necessariamente mais integrativa”, anunciou. O presidente da Escola também chamou a atenção para a relevância do conhecimento científico produzido na área da Psicologia, inclusive, para auxiliar na resolução de questões sociais polémicas, como a adoção de crianças por homossexuais, o racismo e a xenofobia.
O premiado professor catedrático da Universidade de Santiago de Compostela, Ángel Carracedo, deu o seu contributo ao evento com a palestra: “Pescando genes”.
A comemoração do 10.º aniversário da Escola de Psicologia prolonga-se até ao mês de novembro, com programações mensais que incluem palestras sobre ‘interfaces’ da Psicologia com outras áreas do conhecimento, tertúlias, ‘workshops’ e exposição.
Texto: Sandrine Souza
Fotografia: Nuno Gonçalves