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Academia, 13.03.2019 às 09:57
Escola de Economia e Gestão quer sistema de gestão mais descentralizado
A Escola de Economia e Gestão (EEG) da Universidade do Minho celebrou o seu 37.º aniversário no passado dia 11 de março, aproveitando Francisco Veiga a cerimónia comemorativa para voltar a insistir com a Universidade para que adote um sistema de gestão mais descentralizado, que concilie a colaboração e solidariedade entre as unidades orgânicas, com reforço da sua autonomia e responsabilização.

O pedido já havia sido feito em 2018, voltando agora o presidente da EEG a reforçar, salientando que tal “permitirá às direções das escolas e institutos da Universidade, gerir as mesmas da forma que considerem mais eficaz e eficiente e, colocar em prática visões estratégicas de excelência”.

Como desejo de aniversário, o responsável da EEG pediu ao Administrador da Universidade, também presente na sessão, “melhorias” ao nível da gestão financeira, de agilização de processos burocráticos e a adoção de um sistema contabilístico que permita às presidências das unidades orgânicas monitorizar devidamente as suas contas, afirmando contar que “a breve trecho” seja implementado “um sistema de contabilidade analítica na Universidade”.

Realçando o “crescimento sustentado” do número de alunos da EEG desde a implementação do Processo de Bolonha, principalmente no 2.º e 3.º ciclos, Francisco Veiga destacou os 2700 alunos inscritos nas suas oito licenciaturas, 14 mestrados e cinco doutoramentos, um crescimento que segundo este “tem sido acompanhado pelo reconhecimento da qualidade dos seus cursos e pela captação de bons alunos”.
Afirmando que atualmente a EEG “é a segunda maior unidade orgânica da UMinho”, o responsável transmitiu que está a ser levada a cabo “uma revisão da oferta educativa dos três ciclos”, de forma a fortalecer a posição da Escola e preparar os alunos para uma realidade em permanente mudança.

A internacionalização do ensino tem sido uma das grandes apostas da Escola, “não só através dos programas de mobilidade, mas sobretudo por via da inscrição de cada vez mais alunos estrangeiros nos nossos cursos”, garantiu Francisco Veiga, indicando os cerca de 400 alunos inscritos na EEG ao abrigo do estatuto de estudante internacional, sendo quase um quarto do total da Universidade.

Quanto à investigação, o presidente garante que “tem sido o principal veículo de afirmação da EEG”, a qual é reconhecida a nível nacional e internacional.

A nível da interação com a sociedade, a UMinhoExec - Unidade de Formação Executiva da UMinho assume “particular relevância”, a qual, segundo Francisco Veiga “tem-se afirmado como uma escola de formação de executivos do Minho, sendo procurada por profissionais e organizações de outras regiões”. Para o mesmo, a escala de operação da UMinhoExec ainda está abaixo do que se pretende devido à falta de espaços e por constrangimentos causados pelo atual enquadramento institucional, mas deverá ser “impulsionada”, disse.

O reitor, Rui Vieira de Castro realçou o papel que a EEG tem tido no projeto da Universidade e na projeção nacional e internacional da mesma, afirmando-a como “essencial” para o projeto da UMinho, para a “Universidade completa que reivindicamos”, disse.

Relevando as quatro “lições” do percurso bem-sucedido da EEG, o reitor assinalou o escrutínio permanente que a Escola faz da sua oferta educativa; a atenção dada ao desenvolvimento dos currículos; a organização do sistema de investigação da Escola; e os modos de valorização da internacionalização. Áreas em que para este, a EEG tem feito um excelente trabalho.

Rui Vieira de Castro prometeu aos responsáveis da Escola que os problemas de infraestruturas sinalizados, estão a ser tratados, expondo que as más condições de habitabilidade do edifício da EEG já começaram a ser resolvidas no ano passado, com um primeiro investimento, e que este ano o restante “investimento será possível”. Sobre a falta de espaços para a UMinhoExec, o reitor revelou que “a Universidade está neste momento muito envolvida na discussão das soluções para a Quinta dos Peões”, situada a sul do Campus de Gualtar, e afiançou que “uma estrutura a ser alojada no que possa a vir a ser eventuais espaços destinados à UMinho, a UMinhoExec terá certamente um lugar”, disse.

Sobre o reforço da autonomia das unidades orgânicas, o responsável expôs que a UMinho tem hoje desequilíbrios estruturais, e que é preciso coesão institucional, sublinhando que “é importante criar condições de não penalização das unidades orgânicas que têm uma situação mais equilibrada. É neste equilíbrio que no interior da nossa instituição se pode gerir a questão da autonomia das unidades orgânicas”, disse.
Segundo este, a Universidade atingiu um tal grau de complexidade, pela natureza e pela diferença entre os projetos “que não é mais compatível com a gestão centralizada que em vários momentos históricos foi decisiva para o sucesso da Universidade”, alertando para o facto de a Universidade estar obrigada a uma “gestão absolutamente rigorosa dos seus recursos e à exploração de novas modalidades de intervenção que potenciem o aumento das receitas da instituição”, garantindo ser desta forma que a UMinho deve lidar com os desafios.

Sessão contou ainda com palestra proferida por António Saraiva, presidente da Confederação Empresarial de Portugal “O Futuro do Trabalho e o Imperativo do Crescimento”.


Texto: Ana Marques
Fotografia: Nuno Gonçalves

Arquivo de 2019