Joana Cabral na Escola de Medicina da UMinho
Academia, 27.02.2019 às 17:17
Investigadora da UMinho vence Medalha de Honra L’Oréal Portugal
A investigadora Joana Cabral, da Universidade do Minho, acaba de ser distinguida com a Medalha de Honra L’Oréal Portugal para as Mulheres na Ciência. A cientista vai receber 15 mil euros para conectar a matemática com a neurologia e representar o mapa do cérebro humano, de forma a compreender as alterações encontradas em doentes neurológicos e psiquiátricos.

O prémio atribuído pela L’Oréal Portugal, Comissão Nacional da UNESCO e Fundação para a Ciência e a Tecnologia visa incentivar investigadoras em Portugal, já doutoradas e até aos 35 anos, a prosseguirem estudos originais e relevantes para a saúde e o ambiente. O júri presidido por Alexandre Quintanilha avaliou mais de 70 candidaturas e elegeu quatro. Além de Joana Cabral, foram laureadas Diana Madeira (Universidade de Aveiro), Joana Caldeira (Universidade do Porto) e Patrícia Costa Reis (Universidade de Lisboa).

Na sua investigação, Joana Cabral quer aplicar a matemática ao cérebro humano para representar as redes funcionais daquele órgão num modelo teórico unificador. Para isso, vai recorrer a modelos matemáticos capazes de verificar os padrões da atividade cerebral e as próprias estruturas e ligações nervosas existentes no cérebro. A cientista pretende perceber, assim, de que forma as alterações nas redes funcionais podem ser fulcrais no entendimento de doenças neurológicas e psiquiátricas.

Natural do Porto, Joana Cabral recebe o prémio aos 35 anos, depois de se ter doutorado em Neurociência Teórica e Computacional (2012) em Barcelona, logo após ter concluído o curso de Engenharia Biomédica. A cientista regressou a Portugal depois de terminar um pós-doutoramento em Oxford, mantendo-se como investigadora do Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde e da Escola de Medicina da UMinho, ao mesmo tempo que continua a colaborar em vários projetos internacionais. A Medalha de Honra L’Oréal Portugal vai na sua 15ª edição e pretende contribuir para aumentar o número de cientistas mulheres a nível mundial, que continua abaixo dos 30%.

Fonte: GCII

Arquivo de 2019