CV (28)
Entrevista.com, 18.12.2018 às 13:28
"Sinto que faço parte de uma estrutura que tem um impacto muito positivo na vida de todos os estudantes e da comunidade académica e isso é muito motivador. "
Carlos Videira iniciou a sua ligação à Universidade do Minho (UMinho) como estudante, foi dirigente associativo, membro dos órgãos de governo e agora é trabalhador dos SASUM.Com uma já longa ligação à UMinho, Carlos Videira é, desde há um ano, o Assessor do Administrador dos Serviços de Acção Social da UMinho (SASUM). Assumindo o cargo como um “desafio aliciante”, afirma o “compromisso” e “disponibilidade” permanente dos SASUM em contribuir para uma maior qualidade de vida nos campi.

Quem é o Assessor do Administrador dos SASUM?

Acima de tudo é alguém que tem feito da Universidade do Minho a sua casa, servindo-a em diferentes contextos: como estudante, como dirigente associativo, como membro dos órgãos de governo e, mais recentemente, como trabalhador.
Ao longo destes anos, descobri nesta casa que a minha vocação é o serviço público e é a isso que me tenho dedicado ao longo do meu percurso.

Como surgiu o convite e como o encarou?

O convite surgiu no final do ano passado pelo Prof. António Paisana, com quem estabeleci uma relação de grande proximidade quando exercíamos as funções de Presidente da Associação Académica e de Provedor do Estudante. Fiquei feliz com a confiança depositada e encarei o convite como um desafio aliciante, na medida em que a Ação Social foi uma área a que sempre me dediquei bastante como dirigente associativo.

Como caracteriza a sua função?

As minhas funções passam sobretudo pelo apoio à decisão. Isso materializa-se sobretudo na elaboração de pareceres e estudos relativos às solicitações que chegam aos Serviços ou me são pedidos pelo Administrador, na organização de eventos e iniciativas da responsabilidade dos SASUM, no acompanhamento da atividade dos departamentos e setores, entre outras coisas.

As experiências anteriores têm-no ajudado no cumprimento deste novo cargo?

Sim, sem dúvida. Já me sentia relativamente familiarizado com a estrutura e com grande parte das pessoas que conheci no período em que estava na Associação Académica. Devo também dizer que essa experiência de dirigente associativo me é muito útil no momento de emitir opiniões ou pareceres sobre questões que afetam diretamente os estudantes. Sinto também que as outras pessoas valorizam essa experiência e julgo que isso é muito positivo.

Acerca de um ano como assessor, que balanço faz desta experiência?

Faço um balanço muito positivo. Sinto que faço parte de uma estrutura que tem um impacto muito positivo na vida de todos os estudantes e de toda a comunidade académica e isso é muito motivador. As ações e decisões que levamos a cabo geram efeitos concretos na vida das pessoas e isso contribui imenso para a nossa realização pessoal e profissional.

Quais os maiores desafios inerentes ao cargo que exerce?

A necessidade de acompanhar o processo de tomada de decisão é um dos principais desafios porque há solicitações que nos chegam de um momento para o outro e é necessário dar respostas em tempo útil para que produzam os efeitos desejados. Por outro lado, as minhas funções exigem também um grande esforço de ponderação, reflexão e recolha de dados e informação. Pelo que é necessário garantir um equilíbrio entre a celeridade das respostas e o conteúdo das mesmas.

Como caracteriza os SASUM atualmente?

Julgo que os SASUM são uma estrutura muito relevante para a Universidade na medida em que são responsáveis por garantir a integração plena e o bem-estar de toda a comunidade académica. Penso que o têm feito ao longo do tempo e eu sinto-me privilegiado por contribuir para isso.

Quais são, na sua opinião os pontos fortes/fracos desta nova administração?

Havendo uma Administração que está em funções há apenas um ano é óbvio que este período representou um processo de conhecimento e adaptação mútuas. Ultrapassada essa “curva de aprendizagem”, penso que o principal ponto forte passa pela descentralização das decisões e pela proximidade com as pessoas.

Quais os objetivos e prioridades dos SASUM para 2019?

São certamente aqueles que decorrem dos objetivos estratégicos que o Administrador teve oportunidade de apresentar aquando da sua entrada em funções: um maior alinhamento com as estratégias da Reitoria, uma maior ligação às Unidades Orgânicas de Ensino e Investigação, uma maior proximidade com os estudantes e as suas estruturas representativas.

Teve a oportunidade de acompanhar as reuniões com as Escolas e Institutos. Que resultados concretos produziram?

Estas reuniões potenciaram um quadro de maior proximidade e colaboração entre os SASUM e as Escolas e Institutos. Tivemos oportunidade de fazer um levantamento de temas muito pertinentes em que os SASUM podem ajudar os estudantes a prosseguir os seus trabalhos académicos e os estudantes podem ajudar os SASUM a melhorar a sua organização. Estão em curso algumas iniciativas no âmbito do estudo dos recursos humanos, das infraestruturas, da digitalização de processos, da comunicação, entre outros, que serão benéficos para todas as partes.

Outra das áreas que tem acompanhado tem sido a sustentabilidade. O que motivou essa aposta?

A aposta na sustentabilidade partiu de um desafio lançado pelo Administrador após uma interpelação do Reitor e do Conselho Geral. Nesse sentido, começamos por fazer um diagnóstico e um levantamento da situação de referência dos SASUM nesta matéria. Depois, em função desse levantamento, entendeu-se que havia margem para propor um conjunto de ações e iniciativas com vista ao reforço das medidas já implementadas nesta área. Se a missão dos SASUM passa por assegurar as melhores condições de integração e de bem-estar a todos os estudantes e a toda a comunidade académica, entendeu-se que o deve fazer num quadro de sustentabilidade económica, social e ambiental, que salvaguarde os direitos e as expectativas das gerações futuras.

A falta de alojamento para os estudantes universitários tem sido uma das questões na ordem do dia. Sente que este é um problema real?

Sem dúvida. Se no tempo em que era estudante havia um excesso de oferta que fazia com que o privado fosse muito apetecível em função dos preços baixos, hoje em dia acontece precisamente o contrário. A construção parou e uma parte significativa dos estudantes que concluíram os seus cursos começou a fixar-se mais em Braga devido à concentração de empresas que se estabeleceu cá nos últimos tempos, para além do crescimento do turismo. Julgo que é necessária uma ação concertada entre a tutela, instituições, autarquias e agentes privados no sentido de articular uma resposta conjunta a este problema e é isso que tem vindo a ser feito.

Em 2019 a UMinho irá receber dois eventos desportivos de grande importância. Os Campeonatos Nacionais Universitários e o Campeonato Europeu Universitário de Futsal. Como está a preparação destes eventos? Qual a importância destes eventos para a Universidade?

Estes eventos são muito importantes na medida em que contribuem para a consolidação de uma cultura desportiva no seio da academia, envolvem milhares de pessoas, entre atletas, técnicos, dirigentes e voluntários, contribuem para a formação de quadros desportivos e têm um impacto local muito significativo nas cidades que acolhem este tipo de organizações. No que diz respeito a estas duas organizações, estamos muito comprometidos com o legado que pretendemos que as mesmas venham a deixar para o desenvolvimento do desporto universitário. As Fases Finais dos Campeonatos Nacionais Universitários terão como mote a sustentabilidade ambiental. Já o Campeonato Europeu Universitário de Futsal será provavelmente o maior de sempre, prevendo-se a participação de 24 equipas masculinas e 16 equipas femininas.

Que mensagem gostaria de deixar à comunidade para 2019?

Acima de tudo, uma mensagem de compromisso e de disponibilidade permanente dos SASUM em contribuir para uma maior qualidade de vida nos campi da Universidade do Minho. É essa a nossa missão e é nesse sentido que vamos continuar a trabalhar no próximo ano.

Texto: Ana Coimbra

Fotografia: Nuno Gonçalves

Arquivo de 2018