O Instituto de Ciências Sociais (ICS) da Universidade do Minho celebrou no passado dia 8 de novembro, o seu 42º aniversário, o qual ficou marcado pelo destaque dado aos novos projetos da Unidade e pela garantia dada pelo reitor da criação do Centro Multimédia.

Foi com a sala de atos do ICS repleta que Helena Sousa, presidente do ICS, recordou o trajeto do Instituto, caracterizado atualmente, por cinco centros de investigação, quatro departamentos, e mais de 20 projetos de ensino, 1200 estudantes e uma atividade científica perfeitamente reconhecida. Para além disso, a responsável lembrou a “permanente articulação” que o ICS tem conseguido com a sociedade civil, seja com a Bosch, com a Primavera, câmaras municipais do distrito, museus, hospitais, escolas, organizações não governamentais, seja em forma de solidariedade ou prestando serviços. Mas o destaque da sua intervenção foi para os desafios do Instituto, que são, segundo a presidente “os novos projetos que temos em mãos, tais como a licenciatura em Proteção Civil e Gestão do Território, o Mestrado em Turismo, e ainda o Mestrado em Comunicação de Ciência”. São estes os três projetos mais recentes do ICS, para os quais Helena Sousa diz ter “uma grande ambição”.

O reitor da UMinho, Rui Vieira de Castro, fez ele também, um balanço do ano anterior e projetou o futuro do Instituto, afirmando que “o ICS é um projeto perfeitamente enraizado na Universidade, o qual tem sabido implementar uma diversificação das suas áreas”. Acrescentando que este “tem uma atividade científica altamente reconhecida e tem encontrado formas muito expressivas de interação com a sociedade”.

Elencando os desafios do Instituto para o futuro, os quais, assume como extensíveis a toda a Universidade, o Reitor lembrou que vai ser preciso repensar a oferta educativa, alertando de que “há a expectativa de uma redução dos estudantes a concorrer ao ensino superior”, aconselhando a uma aposta na formação de 2º ciclo, formações mais curtas, de forma a fornecer as necessidades de formação ao longo da vida. Para Rui Vieira de Castro, a UMinho terá ainda de repensar a formação doutoral, uma vez que a nova legislação pretende uma formação “centrada na investigação e menos na formação complementar”. Outro dos desafios, é o “reforço de iniciativas orientadas para a transição dos estudantes para o mercado de trabalho”.

Para além disso, o Reitor refere como necessária a melhoria dos indicadores de investigação, sendo “essencial”, segundo este “melhorar a rede de apoio à investigação”. Neste sentido a Universidade tem vindo a abrir concursos para investigadores, pelo que o responsável diz ser importante também “a conclusão do processo de regularização dos vínculos precários nas Unidades da UMinho”. Um processo que declara estar ainda “numa nebulosa”, pois desde que foram concluídas as reuniões com os vários ministérios governamentais, antes do verão, “o silêncio é total”, disse.

Em dia de aniversário, o responsável da UMinho “deu” ainda um “presente” ao ICS, garantindo que no orçamento da UMinho para 2019 estão previstas verbas para o Centro Multimédia, um projeto há muito ambicionado pelo ICS e que tem sido sistematicamente adiado. “O orçamento para o próximo ano vai prever uma verba que nos permita arrancar com uma obra que é importante para o ICS e também para toda a universidade”, declarou.

O momento serviu ainda para o Reitor pedir um forte envolvimento e intervenção do ICS no observatório de políticas públicas que avançará em breve, esperando também o apoio do Instituto na criação da Editora da UMinho que deverá nascer até final do ano. Para além disso, pediu o contributo da Unidade no projeto de constituição de uma aliança entre a UMinho e outras universidades europeias no quadro do novo guia do programa Erasmus Mais.

A sessão terminou com a conferência “Mais parece esta província uma cidade continuada”, proferida por Álvaro Domingues, geógrafo e professor da Universidade do Porto.

No final, a presidente do ICS fez o corte do bolo que assinalou os 42 anos de vida.

Texto: Ana Coimbra