Água e Saude
Academia, 01.05.2018
UMinho recebeu conferência sobre Água e Saúde no âmbito da Agenda 2030 das Nações Unidas
UMinho
A Universidade do Minho e a Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) do Rio de Janeiro realizaram no passado dia 27 de abril, a "Conferência sobre Água e Saúde no âmbito da Agenda 2030 das Nações Unidas", um encontro que serviu para debater as estratégias nacionais, de Portugal e do Brasil nos domínios da água e saúde.

Na sessão de abertura, Guilherme Netto, vice-presidente da FIOCRUZ, relembrou que a Agenda 2030 é uma convocatória para que se assuma um conjunto de compromissos na dimensão global das questões sociais. "Temos uma indução importante da Agenda 2030 e com isso identificamos a partir de uma cooperação formal que há com a Universidade do Minho a oportunidade de podermos avançar em alguns elementos que interessam, obviamente, às sociedades nas quais atuamos de maneira conjunta", transmitiu.

Rui Vieira de Castro, reitor da Universidade do Minho, reafirmou a importância da Agenda 2030 para o desenvolvimento do planeta e promoção da sustentabilidade ambiental ao nível mundial. Destacou ainda, a participação importante de Portugal na definição da Agenda e a colaboração da UMinho com várias instituições internacionais. O momento serviu também, para a assinatura do termo de compromisso entre a UMinho e a FIOCRUZ para tratar das questões relacionadas a água e saúde no âmbito da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas.

O professor da Escola de Engenharia, José Vieira, explicou que a atual Agenda integra 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), sucessores dos 8 Objetivos de Desenvolvimento do Milénio estipulados à data de 1990 até 2015. "A área da água e saúde pertencem ao objetivo da sustentabilidade ambiental. A higiene, saneamento e água segura representam os mecanismos de prevenção que vão determinar os indicadores da Agenda 2030?, acrescentou. Estes indicadores servirão para reduzir o número de doenças causadas pelo mau uso da água, falta de saneamento e higiene pessoal. O professor apontou ainda, que há no mundo 2,4 mil milhões de pessoas sem saneamento, 663 milhões sem água potável e 946 milhões de habitantes ainda defecam a céu aberto.

Na sessão plenária, o pró-reitor para a Qualidade de Vida e Infraestruturas da UMinho, Paulo Cruz, afirmou que não podemos mais ficar indiferentes a estas questões, "é preciso mudança. Não podemos mais ignorar ou colocar para baixo do tapete. Se continuarmos nesse ritmo, até 2030 será preciso um segundo planeta para termos os recursos que necessitamos", completou

A conferência contou ainda com a presença do vice-presidente da Ordem dos Engenheiros, Carlos Loureiro, e do secretário de Estado do Ambiente, Carlos Martins.

Texto: Priscila Rosossi

Arquivo de 2018