Psicologia
Academia, 12.04.2018
Escola de Psicologia de sucesso verá recursos quase duplicar
UMinho
A Escola de Psicologia (EPsi) da Universidade do Minho celebrou o seu 9º aniversário no passado dia 11 de abril, numa cerimónia marcada por discursos que enfatizaram o seu trajeto de sucesso, projetaram os desafios para o seu futuro e garantiram uma quase duplicação de recursos humanos para Escola.

A sessão de abertura das comemorações contou com a presença e intervenção do presidente da Escola, Paulo Machado, do Reitor da UMinho, Rui Vieira de Castro, as quais foram antecedidas pela conferência "Para que serve o conhecimento?", a cargo do cientista Alexandre Quintanilha, presidente da Comissão de Educação e Ciência da Assembleia da República.

Paulo Machado e Rui Vieira de Castro destacaram nas suas intervenções, a enorme visibilidade e o relevo que a EPsi tem granjeado ao longo destes anos, destacando-se pelo trabalho excelente trabalho ao nível da formação, da investigação e interação com a sociedade.

No que toca ao futuro, a Escola de Psicologia depara-se atualmente com novos desafios, novos projetos e mudanças, apontando-se alterações ao sistema de ensino superior, que entre outras coisas poderá gerar alterações no financiamento desta. Segundo o presidente da Escola, os mestrados integrados em psicologia poderão "não continuar", o que levará a uma reorganização da oferta educativa e revisão curricular.

Outra das novidades avançadas, e um dos maiores desafios da EPsi para o futuro, será o lançamento da candidatura, liderada pela Escola, ao Laboratório Colaborativo da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), um projeto na área da criança, para o qual, segundo o reitor "existe uma convicção muito forte no seu sucesso, dada a qualidade e robustez da candidatura", na qual estão envolvidas um vasto número de instituições de ensino superior, mas também empresas, fundações, assinalando que "é uma temática de grande relevância social e política", mas frisando que "estão criadas as condições para que venha a ser um projeto vencedor".

Em final de mandato e sendo esta a última comemoração do aniversário da Escola enquanto presidente da EPsi, Paulo Machado manifestou, também ele, esperança no sucesso da candidatura que está, neste momento, a ser avaliada FCT.

Em género de balanço de nove anos de atividade, o presidente da Escola transmitiu boas notícias, mas também desafios importantes, salientando que a EPsi tem uma atividade significativa seja na formação, investigação, internacionalização e interação com a sociedade "somos uma comunidade vibrante" disse. Segundo este, a Escola tem neste momento 29 docentes e seis investigadores, mas verá este corpo aumentar quase para o dobro com mais 14 novos doutorandos (concursos já abertos), sendo que terá o ingresso de um número semelhante de investigadores, resultante de projetos já aprovados pela FCT. Perante isto, Paulo Machado lançou um pedido ao reitor, referindo que a Escola tem "limitações de espaço que condicionam alguns projetos", pelo que "é preciso alguns investimentos por parte da reitoria? declarou.

Para o reitor, a Escola protagoniza "projetos de valor" e tem de ser apoiada "percebe-se que a EPsi está a ser vítima do seu próprio sucesso" afirmou. Referindo que, relativamente ao aumento de espaço pedido, a capacidade da Universidade é "limitada", mas que vão ser estudadas novas formas para contornar os problemas.

Reitor denuncia casos de abandono resultado de situações de praxe

Rui Vieira de Castro denunciou que dois alunos da Universidade abandonaram os estudos devido a alegados abusos ocorridos na praxe académica. Os casos estão a ser investigados pela Reitoria, pelo que o reitor pediu a união da comunidade académica contra práticas de praxe que "continuam a existir entre nós de forma implícita ou explícita". Deixou ainda um apelo para que o combate continue e pediu o contributo das famílias.

Texto: Ana Marques

Arquivo de 2018