Sobre as temáticas "Justiça, Cultura e Educação", Laborinho Lúcio alertou para a necessidade de mudança no que toca à essência das escolas de hoje, apontando a acessibilidade universal das tecnologias disponíveis aos jovens como uma prioridade a curtoprazo. Para além disso, partilhou o desejo de que as escolas formem verdadeiros seres humanos, ao invés de máquinas de faturação. "A Educação de hoje é uma educação para as competências, mas uma educação que se preza não pode deixar de educar para as necessidades", referiu o antigo Ministro da Justiça. Laborinho Lúcio apontou, ainda, a necessidade de os jovens estudantes terem tempo para confraternizar e conviver entre si, cultivando um olhar mais saudável relativamente à competição entre alunos e à questão da empregabilidade, admitindo, assim, que, com esforço e dedicação, o sucesso de qualquer jovem promissor virá, naturalmente. A respeito da Justiça, deixou alguns apontamentos, entre os quais se destaca o seguinte: "A Justiça não decide, julga. Para julgar, precisa de tempo e esse tempo não pode ser apressado por outras áreas, como a Economia.".
A título de conclusão, este ilustre convidado afirmou que todos os temas estavam interligados e que, nesse sentido, "não podemos pretender resolver um pilar, sem pensar e refletir sobre todos". Para finalizar, foi aberta uma pequena sessão de questões do público.
O presidente da YME, Hélder Ferreira, teceu também algumas
palavras de agradecimento: "Liderar esta equipa é um orgulho
fantástico, fizeram um trabalho incansável. A oportunidade de
ouvir o ex-Ministro da Justiça com um histórico bastante alargado
é uma honra. Temos uma equipa diversificada com membros que não
se focam apenas nos seus estudos, mas pretendem também ter uma
abrangência da realidade antes de entrarem no mercado de
trabalho. A YME aproxima os estudantes do tecido empresarial e
cria um capital humano repleto de
valores".
Fonte: YME
(Pub. Fev/2018)