tomada-de-posse-reitor--3-2017
Academia, 30.11.2017
Rui Vieira de Castro tomou posse como Reitor da UMinho
UMinho
No dia em que António Cunha se despediu da sua função de reitor da Universidade do Minho, após oito anos de liderança, Rui Vieira de Castro tomou posse do cargo para o período de 2017-2021, para o qual foi eleito no passado dia 24 de outubro. A cerimónia de investidura contou com um salão medieval da Reitoria repleto, que assistiu a uma despedida emocionada de António Cunha, e a um discurso de tomada de posse certo de querer a UMinho no top3 das universidades nacionais.


"Há oito anos tomei posse como Reitor de uma Universidade Pública, hoje deixarei a direção de umaFundação Públicacom Regime de Direito Privado, isto é, uma Universidade Pública com acrescida autonomia para cumprir a sua missão de serviço público". Para além do vasto rol de iniciativas e do vasto percurso feito em oito anos de governação, a passagem da UMinho ao regime fundacional foi das ações de maior relevo, pelo tempo que demorou, pelo debate que motivou e pelos efeitos que trouxe e que continuará a trazer no futuro. Este foi um dos muitos projetos, iniciativas e ações do imenso percurso feito pelo reitor cessante, destacando-se, também, a centralidade dada à investigação.

Estes foram oito anos caracterizados pela forte crise que o nosso país atravessou, a qual segundo António Cunha "impactou fortemente a sociedade portuguesa e as suas instituições", mas durante os quais a UMinho se tornou "diferente". Salientando-se o grande crescimento em número de alunos, de cursos, infraestruturas, mas "talvez o mais importante tenha sido o aumento significativo doreconhecimento externoque a Universidade experimentou", exemplificando na investigação, nacooperação com a indústria,napromoção do empreendedorismo,nocompromisso com a Região,nacultura, enodesporto. Para além disso, a UMinho é hoje uma Universidade marcada pela internacionalização, pela desmaterialização, pelo open access/open science, por práticas de sustentabilidade (...), por projetos como o Arquivo Distrital de Braga, a nova Biblioteca de Azurém, o IB-S, o Discoveries Centre, o MACC, o Donelab Bosch-UMinho, o 2CA, a Campanha de Fundraising, a Operação Alumni, declarando que "Por fazer, ficou muito mais".

Sobre o futuro, o reitor cessante diz que "É tempo de uma nova esperança,aberta pela experiência, conhecimento, competência, ponderação e profunda dimensão humanista do novo Reitor e da sua equipa". Terminou, afirmando que "foi um privilégio servir como Reitor, vai continuar a ser uma honra servir como professor e investigador".


Empossado como Reitor, o professor catedrático Rui Vieira de Castro, tem como linhas orientadoras do seu programa para os próximos quatros anos, uma Universidade que "que priorize a qualidadeda educação, a centralidade da investigação, o reforço da interação com a sociedade, a qualidade da internacionalização, o desenvolvimento institucional, a promoção da qualidade de vida e infraestruturas e o equilíbrio financeiro da Universidade", sublinhando que tudo isto precisará da "mobilização da comunidade da UMinho". Sobre a questão financeira, Vieira de Castro aproveitou para deixar recados ao Governo, referindo que "Os níveis de desempenho da UMinho não devem obscurecer o facto, reconhecido, de vivermos num quadro de subfinanciamento pelo Estado, com impactos seríssimos em dimensões essenciais da Instituição".

Para o novo responsável pela academia minhota, a UMinho deve tornar-se numa instituição de "referência no contexto nacional e internacional", pretendendo colocá-la entre as "três maiores do país". Assumindo, ainda, que a Universidade deve ter na "educação e formação de alto nível dos seus estudantes um objetivo essencial da sua ação", não esquecendo a "formação especializada e o desenvolvimento de competências transversais, promovendo a mobilidade internacional e incentivando práticas desportivas e culturais essenciais a uma educação integral", incluindo o "incentivo ao mérito académico".

A acompanhar Rui Vieira de Castro estará uma equipa de quatro vice-reitores,Rui L. Reis (Investigação e Inovação), Margarida Casal (Educação), Ricardo Machado (Desenvolvimento Institucional), Manuela Martins (Cultura e Sociedade) e cinco pró-reitores, Paulo Cruz (Qualidade de Vida e Infraestruturas), Linda Veiga (Assuntos Estudantis e Inovação Pedagógica), Filipe Vaz (Investigação e Projetos), Guilherme Pereira (Avaliação Institucional e Projetos Especiais) e Carla Martins (Internacionalização), os quais segundo o novo responsável da UMinho, assumem, tal como ele, o compromisso com um programa de ação que se pretende "exigente, desafiante e mobilizador". Afirmando estar convicto que este "levará a UMinho a formar mais e melhores cidadãos e profissionais, a prosseguir a sua afirmação como instituição que se encontra na linha da frente da produção de conhecimento e da inovação e a reforçar o seu papel na promoção do desenvolvimento social, cultural e económico de Portugal".

Texto: Ana Marques 

Fotografia: Nuno Gonçalves


(Pub. Nov/2017)


Arquivo de 2017