O evento decorrido no passado dia 2 de novembro, na sala de
atos do Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho
(ICS), contou com Dulce Furtado, Press Officer
da
Amnistia Internacional em Portugal e com Luís Santos, Professor
do ICS, no papel de moderador, contando na assistência com
estudantes dos cursos de Ciências da Comunicação, mas também, de
Sociologia, de Ciência Política e de Relações
Internacionais.
Dulce Furtado contou que o cerco à liberdade de expressão e dosmediana Turquia não é recente, uma vez que este ?cerco? tem sido apertado desde 2010 e acentuado durante o último ano, «sob a influência do regime de Erdogan», afirma. Segundo alguns dados, 120 jornalistas estão presos, revelando apress officer, que a palavra «notícia» surge 800 vezes nas acusações feitas a estes profissionais, tal como se noticiar fosse um crime, e apelida de «purga» o que está a acontecer na Turquia. Perante tudo isto, não é de admirar que a Turquia seja o Estado-membro do Conselho da Europa com o maior número de violações dos Direitos Humanos, alerta Dulce Furtado.
No que respeita à Amnistia Internacional em si, quer o Presidente da organização na Turquia, quer a Diretora Executiva da organização, Taner Kiliç e Idil Eser respectivamente, estão acusados de pertencer a um grupo terrorista.
Decorrida no Dia Internacional pelo fim da Impunidade dos Crimes contra os jornalistas, no final da palestra, os presentes puderam ainda assinar uma petição pela liberdade de Taner Kiliç que foi disponibilizada pela organização do evento e pela Amnistia Internacional de Portugal.
De ressalvar que a Turquia se tem revelado um Estado
incumpridor de quase todos os requisitos democráticos, como a
liberdade de expressão e a separação de poderes, e que, no
contexto europeu, tem tentado recusar refugiados, embora se tenha
comprometido a recebê-los ao vincular-se voluntariamente por via
de tratados.
Texto e Fotografia: Rute Maia
(Pub. Nov/2017)