Organizado pelo Centro de Investigação em Estudos da Criança
da Universidade do Minho (CIEC-UMinho), entre os oradores
estiveram o secretário de Estado da Educação, João Costa,
diretores de escola, professores e investigadores da área, da
Universidade de Lisboa, da UMinho, da Universidade do Porto e da
Portucalense, contando também com Walther Tessaro (Suíça),
vice-presidente da Associação Europeia para o Desenvolvimento de
Metodologias de Avaliação em Educação e Ana Margarida Penha, em
comissão de serviço na Inspeção-Geral de Educação e
Ciência.
Num tempo em que a avaliação tem vindo a assumir uma
inegável centralidade nas políticas educativas e curriculares,
urge refletir sobre os modos de avaliação e os seus efeitos na
melhoria das aprendizagens e nos resultados escolares dos alunos.
"(...) é fundamental conhecer as políticas de avaliação das
aprendizagens dos estudantes e perceber as tendências e os
desafios do panorama nacional e internacional", realça Maria
Assunção Flores do CIEC.
Qual é o papel ou o contributo dos testes/provas/exames
nacionais na avaliação e na aprendizagem dos alunos. Que
conceções de avaliação e de aprendizagem estão subjacentes às
políticas de avaliação das aprendizagens dos alunos. O que nos
dizem os quadros normativos da avaliação no contexto
internacional e português. Estas foram algumas das questões em
discussão nos dois dias de congresso.
O congresso incluiu, também, a perspetiva dos alunos
presentes no auditório. É "para eles e por eles que estamos
aqui?, disse o representante do CIEC, Fernando Ilídio, realçando
que este é o único em Portugal com foco específico na criança
que, considerada segundo a Convenção dos Direitos da Criança, até
aos 18 anos de idade. Este é um campo de estudos com a
particularidade de trabalhar com equipas multidisciplinares,
procurando "compreender o mundo através das crianças", as quais
"têm estado muito ausentes da investigação". "Não se trata apenas
de produzir investigação sobre as crianças, mas com as crianças",
concluiu.
Nas palavras de Sandra Fernandes, representante do
Departamento de Psicologia e Educação da Universidade
Portucalense, este deverá ser "o primeiro congresso internacional
de muitos", deixando desde logo o convite a que o próximo
congresso seja realizado nas instalações da sua
Universidade.
A abertura do congresso viria a ser marcada pela conferência
inaugural a cabo de Auli Toom, especialista da Finlândia, país
conhecido pelo sucesso do seu sistema de ensino. O congresso
incluiu, ainda, workshops e a apresentação do livro «Avaliação
das Aprendizagens e Sucesso Escolar - Perspetivas
Internacionais», que deu mote ao encontro e pretende "contribuir
para o debate nacional para esta temática".
Texto: Rute Rita Maia
Fotografia: Governo de Portugal
(Pub. Nov/2017)