A cerimónia que incluiu a entrega de diplomas aos alunos formados em 2017, várias distinções e os discursos do reitor António Cunha e do presidente da EMed, Nuno Sousa, entre outros, teve início pelas 10h00, no auditório Zulmira Simões da EMed, no campus de Gualtar, em Braga.
Por questões de agenda, o reitor da UMinho chegou apenas no final da cerimónia, mas ainda a tempo de felicitar a Escola de Medicina pelo 17º aniversário e relembrar que a ocasião deve servir como momento de afirmação, reflexão e projeção do futuro da Escola "que nesta casa tem sempre uma forte ambição" disse.
António Cunha destacou que a articulação entre o ensino e a investigação foi algo que desde sempre esteve subjacente ao projeto da EMed pois foi uma das suas ideias "fundadoras" e tem sido uma das suas maiores "contribuições".
O reitor afirmou como o maior desafio das universidades "o
saber evoluir para a ligação entre ensino e investigação",
acreditando que "é isso que a vai fazer evoluir" num contexto
marcado pelas novas tecnologias que está a alterar os modos de
vida, bem como o modo como se ensina e aprende nos vários níveis
de ensino e, também, na universidade. Segundo este, a instituição
universitária foi durante muito tempo o local onde havia o
conhecimento, mas "vai perdendo grande parte desta singularidade
porque agora o conhecimento está acessível de outros modos"
sublinhando que, a Universidade tem de colocar acessível o
conhecimento de outros modos "há um contexto de mudança muito
grande", acreditando que a universidade em geral vai afirmar-se
"porque tem um conhecimento diferente ou porque é capaz de pôr
esse conhecimento ao serviço da comunidade e da
sociedade".
Sobre a Escola de Medicina, o reitor diz que "isto é algo que na Escola de Medicina já é feito, claro que pode ser aprofundado", recomendando que a UMinho "tem de ser capaz de o interiorizar e alargar".
Outra dimensão destacada por António Cunha é o "impacto" do que é feito na universidade e que tem reflexo na vida do cidadão, sublinhando que também neste contexto a Escola de Medicina "é um exemplo" na relação que tem criado e no trabalho que tem desenvolvido com as diferentes unidades de saúde da região, indicando o Centro Clínico Académico como um bom exemplo do que deve ser aprofundado.
Sobre o futuro, o reitor da UMinho diz que deve ser caracterizado por uma medicina "mais personalizada?, afirmando que "esta Escola está no caminho certo" exemplificando a boa relação existente entre ensino, investigação e a interação com a sociedade.
O responsável da Universidade disse, ainda, que "é o momento
de construir uma maior interação da Escola de Medicina com as
outras unidades orgânicas" que podem e devem "beneficiar" com a
experiencia da EMed.
O presidente da agora designada Escola de Medicina da Universidade do Minho, e que até outubro de 2016 se designava Escola de Ciências da Saúde, Nuno Sousa teve como mensagem principal aos alunos recém-graduados que agora que chegaram ao fim desta etapa que assumam a "defesa intransigente das pessoas".
O presidente da EMed deixou, ainda, uma mensagem aos líderes políticos, sublinhando que é preciso "coragem política" para se fazerem algumas mudanças para um verdadeiro serviço público de saúde, que não deve "servir clientelismos", deve sim "servir e não servir-se da doença".
Terminando, agradeceu ao reitor António Cunha pelo seu trabalho e pelo que ajudou a Escola de Medicina e, abrindo a "portas" à nova equipa reitoral que se irá formar assegurou "estamos cá para ajudar a UMinho a crescer".
Texto; Ana Marques
Fotografia: Nuno Gonçalves
(Pub. Out/2017)