A iniciativa decorrida durante dois dias juntou, também, na sessãoinaugural, o diretor do Instituto de Defesa Nacional (IDN), Vítor Rodrigues Viana e o pró-reitor da UMinho para os Novos Projetos de Ensino, Filipe Vaz.
O pró-reitor da Universidade do Minho realçou a importância
dos temas do seminário, que caracterizou de "grande relevância" e
de "importância singular" no contexto atual em que estamos
inseridos. Afirmando, ainda, que "este seminário nos irá dar um
contributo muito significativo para melhor entendermos os
desafios que nos apresentam", relativo às políticas concretas de
defesa nacional.
O diretor do IDN, sublinhou que o Instituto da Defesa
Nacional é uma instituição independente que se constitui "como um
centro de evolução do pensamento estratégico" que procura
informar e ir de encontro às necessidades da poupulação a nível
da defesa nacional. Salientando que a entidade prossupõe que a
"reflexão não deva ficar confinada com o polo exclusivo dos
especialistas", afirma.
O Ministro da defesa, afirmou a relevância do evento,
afirmando que é algo "muito positivo" para a formação dos "atores
de amanhã". José Azeredo Lopes escolheu como tema da sua
intervenção a "violência, terror e espaço público" fazendo uma
reflexão e relação entre os conceitos referidos ao espaço público
universal, chamando a atenção para três dimensões: a violência
entre os estados, que caraterizou como o "clássico", referindo-se
ao tipo de violência mais habitual no mundo, passando à
"violência do estado à pessoa" que está ligado aos direitos
humanos, e por último à "violência interindividual", que
normalmente é convocada na área do direito criminal, na área de
prevenção e num "plano mais patológico". "Todas estas formas de
violência estão correlacionadas" disse.
Como não poderia deixar de ser, falou do "terrorismo" um dos
conceitos mais ligados ao de "violência" e um dos temas mais
atuais, onde nomes como "Al-Qaeda" e "Daesh" são uma constante. O
Ministro justificou que a guerra com Al-Qaeda
teve como
catalisador a "parasitagem dos territórios frágeis" e que houve
um género de "upgrade" para uma realidade "mais sofisticada", o
Daesh
, defendendo que "em nenhuma circunstância é
justificada uma violência ou terror".
Os dois dias foram divididos por painéis, sendo que no
primeiro dia foram integrados três painéis e no segundo, dois.
Cada painel contou com 15 minutos para apresentação de cada
trabalho que depois foi comentado por um convidado. Ao todo foram
apresentados dezoito trabalhos de estudantes universitários de
Ciência Política e Relações Internacionais de todo o país sobre
os temas centrais.
O evento incluiu também duas palestras plenárias, as
chamadas "Keynote Speakers": "Ameaças e riscos: da perceção à
incorporação numa estratégia de Defesa", pelo coronel de
Infantaria Nuno Lemos Pires e "Segurança e Defesa da União
Europeia após o Brexit", pela professora Ana Santos Pinto.
Texto:
Catarina
Simões
Fotografia: Nuno
Gonçalves
(Pub.
Abr/2017)