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Academia, 18.04.2017
Ministro da Defesa participou no II Semniário “IDN Jovem”
UMinho
O ministro da Defesa, José Azeredo Lopes, participou no passado dia 4 de abril, no II Seminário "IDN Jovem" que decorreu na Universidade do Minho (UMinho), em Braga, uma organização da UMinho e do Instituto de Defesa Nacional (IDN) que pretendeu divulgar e debater temas sobre política externa e defesa nacional, ameaças transnacionais, direitos humanos, o mar como vetor estratégico, segurança energética e defesa nacional.


A iniciativa decorrida durante dois dias juntou, também, na sessãoinaugural, o diretor do Instituto de Defesa Nacional (IDN), Vítor Rodrigues Viana e o pró-reitor da UMinho para os Novos Projetos de Ensino, Filipe Vaz.

O pró-reitor da Universidade do Minho realçou a importância dos temas do seminário, que caracterizou de "grande relevância" e de "importância singular" no contexto atual em que estamos inseridos. Afirmando, ainda, que "este seminário nos irá dar um contributo muito significativo para melhor entendermos os desafios que nos apresentam", relativo às políticas concretas de defesa nacional.

O diretor do IDN, sublinhou que o Instituto da Defesa Nacional é uma instituição independente que se constitui "como um centro de evolução do pensamento estratégico" que procura informar e ir de encontro às necessidades da poupulação a nível da defesa nacional. Salientando que a entidade prossupõe que a "reflexão não deva ficar confinada com o polo exclusivo dos especialistas", afirma.

O Ministro da defesa, afirmou a relevância do evento, afirmando que é algo "muito positivo" para a formação dos "atores de amanhã". José Azeredo Lopes escolheu como tema da sua intervenção a "violência, terror e espaço público" fazendo uma reflexão e relação entre os conceitos referidos ao espaço público universal, chamando a atenção para três dimensões: a violência entre os estados, que caraterizou como o "clássico", referindo-se ao tipo de violência mais habitual no mundo, passando à "violência do estado à pessoa" que está ligado aos direitos humanos, e por último à "violência interindividual", que normalmente é convocada na área do direito criminal, na área de prevenção e num "plano mais patológico". "Todas estas formas de violência estão correlacionadas" disse.

Como não poderia deixar de ser, falou do "terrorismo" um dos conceitos mais ligados ao de "violência" e um dos temas mais atuais, onde nomes como "Al-Qaeda" e "Daesh" são uma constante. O Ministro justificou que a guerra com Al-Qaeda teve como catalisador a "parasitagem dos territórios frágeis" e que houve um género de "upgrade" para uma realidade "mais sofisticada", o Daesh , defendendo que "em nenhuma circunstância é justificada uma violência ou terror".

Os dois dias foram divididos por painéis, sendo que no primeiro dia foram integrados três painéis e no segundo, dois. Cada painel contou com 15 minutos para apresentação de cada trabalho que depois foi comentado por um convidado. Ao todo foram apresentados dezoito trabalhos de estudantes universitários de Ciência Política e Relações Internacionais de todo o país sobre os temas centrais.

O evento incluiu também duas palestras plenárias, as chamadas "Keynote Speakers": "Ameaças e riscos: da perceção à incorporação numa estratégia de Defesa", pelo coronel de Infantaria Nuno Lemos Pires e "Segurança e Defesa da União Europeia após o Brexit", pela professora Ana Santos Pinto.

Texto: Catarina Simões

Fotografia: Nuno Gonçalves

(Pub. Abr/2017)

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