Neste campus, a recolha máxima tinha sido em 2006, quando se registaram 203 dadores inscritos, número superado em grande escala na dádiva de hoje ao chegar aos 268.
Com inicio em
1999, as Campanhas de Dádivas de Sangue na UMinho fazem este ano,
18 anos de existência, uma história marcada pelo sucesso, a qual
muito tem contribuído para o aumento das reservas de
sanguenacionais, tem sensibilizado e
fidelizado muitos dadores, tem promovido hábitos de doação entre
os jovens universitários e conquistado dadores para o futuro.
Começando bem cedo,
pelas 9 da manhã a brigada do Instituto Português do Sangue e da
Transplantação (IPST) já estava no local e, terminando já passava
das 19 horas, o dia foi de "romaria" em direção aos postos de
colheita
de sangue,
situados na nave principal da Escola de Engenharia e ainda numa
unidade móvel situada à entrada do
campus. Em vários momentos do dia houve mesmo alguma fila de
espera, mas nada que fizesse desistir quem aguardava pela sua
vez.
Marta Campus,
responsável daAssociação Académica da
Universidade do Minho pelo evento referia, ainda da parte da
manhã que estavam com uma grande afluência de dadores "penso que
esta afluência reflete também a campanha que temos vindo a fazer,
seja, nas redes sociais como a nível da distribuição de flyeres
em mão", desejando "que continue assim até final do dia".
O desejo foi
alcançado e os números falam por si, quase três centenas de
dadores "estenderam o braço" à causa solidária, uns pela primeira
vez, outros já habituados a participar, o que se espera
é que a atitude
continue
pela vida fora.
Rita, aluna do
Mestrado Integrado Engenharia de Telecomunicações e Informática
tinha acabado de fazer a sua dádiva pela primeira, referindo que
decidiu ser dadora "por influência de amigos" que também já eram
dadores e que a convenceram a vir experimentar. Afirmando desde
logo sentir-se "muito bem" por ter contribuído, a futura mestre
diz que a atitude "é para continuar".
Tal como em setembro
passado, a colheita em Azurém voltou a decorrer no espaço onde
anteriormente estava situada a biblioteca. Um local, que segundo
Marta Campos "é mais discreto e resguardado", mas que em nada
afetou a adesão das pessoas "não foi sentida a diminuição de
dadores e desta forma têm mais privacidade durante o ato
benévolo" sublinhou a diretora da AAUM.
Com muitos dadores
incipientes, pois como referiu Mafalda Costa, aluna de Eng.
Polímeros, "o facto de decorrer no interior do campus facilita
muito, pois de outra forma, talvez não tivesse a oportunidade de
me iniciar como dadora. É uma excelente iniciativa e espero que
seja mais uma vez um sucesso". A futura Engenheira declarou
ainda, que o facto de ser dadora universal "sou do tipo O
negativo e, por isso, acho que devo ajudar e contribuir com quem
mais precisa. É bom para mim porque me sinto feliz e com o
sentimento de dever cumprido e, para os outros que precisam
destes pequenos gestos de cada de nós".
Ao longo destes
anos, a UMinho já contribuiu com 16.603 dadores
inscritos
(incluindo a recolha de hoje),uma contribuição de
extrema importância para o IPST que, para além do aumento das
reservas de sangue, tem uma maior garantia da qualidade do sangue
colhido, uma vez que é feita num ambiente maioritariamente jovem
e por isso, com maior possibilidade de alcançar pessoas
saudáveis.
Para quem não
teve a oportunidade de fazer a sua dádiva hoje em Guimarães,
osServiços de Ação
Social da Universidade do Minho e a Associação Académica
convidam-no a participar naDádiva de Sangue e Recolha de Sangue para
Análise de Medula que decorrerájá na
próxima semana, dia 21 de março, no campus de Gualtar, em
Braga.
Texto: Ana Marques
(Pub. Mar/2017)