A inauguração dos espaços decorridano passado dia 26 de janeiro, contou com as presenças, em Guimarães, doPresidente da Câmara, Domingos Bragança e em Braga de Ricardo Rio, os quais estiveram acompanhados pelo Reitor da UMinho, António Cunha, pelo Diretor Regional de Braga do Instituto Português do Desporto e Juventude, Vítor Dias, e pela Pró-Reitora Carla Martins. Decorrida pelas 10h00 e pelas 11h00, em Guimarães e Braga respetivamente, os bosques situam-se, no campus de Azurém, junto à nova Biblioteca, sendo que no campus de Gualtar, fica situado junto à portaria sul.
A UMinho tem vindo a apostar numa forte política para a internacionalização, afirmando António Cunha que o programa Erasmus é "um dos programas mais importantes da construção europeia, que modificou toda uma geração". Destacando a importância que o Programa tem tido para a academia minhota, "pelo networking internacional que produz, pelas ligações que estabelece e pelo modo como dá a conhecer a universidade, a cidade, trazendo estudantes de diferentes partes da Europa e do mundo" sublinhando que o programa "Faz-nos ter crença na Europa e no envolvimento de povos europeus".
Durante a cerimónia em Guimarães, o Reitor transmitiu ainda que "Celebramos com grande dignidade este aniversário, e a ideia de construirmos este bosque permite o desenvolvimento paisagístico da zona sul do Campus de Azurém, onde está agora a nova Biblioteca da Universidade do Minho, uma referência europeia na área do ensino superior". Já em Braga, referiu que o bosque "constitui também mais uma oportunidade para ajudar ao processo de embelezamento do Campus de Gualtar, uma vez que este novo espaço verde se encontra totalmente integrado naquilo que será o futuro arranjo do parque central do campus", enfatizando que "esse parque central será um grande espaço verde, de convívio e cruzamento entre as zonas este, oeste e norte do campus".
Para Domingos Bragança este foi "um momento simbólico e cheio de substância, que está relacionado com a biodiversidade e também com o âmbito da nossa candidatura a Capital Verde Europeia". Sublinhando que "este bosque acrescenta qualidade a um caminho que está a ser partilhado, igualmente, pela Universidade do Minho, entidade que mais tem contribuído como fator de união entre as duas principais cidades do Minho".
Para Ricardo Rio, o programa tem vindo de encontro aos objetivos da cidade "sermos uma verdadeira cidade intercultural", dizendo que este, como outros programas da UMinho "têm propiciado trazer a Braga tantas e tantas culturas, tantas e tantas nações, tantas e tantas realidades que enriquecem a nossa vivência diária".
Para além das árvores, foram enterradas nos dois locais, uma cápsula do tempo, com o convite para a inauguração, um mapa do campus, a primeira página dos jornais do dia, o hino da Universidade e mensagens dos alunos Erasmus acerca da experiência do programa na UMinho.
Desde 1994, no
âmbito do Programa Erasmus, a academia minhota já acolheu 4204
alunos provenientes de 29 países, maioritariamente de Espanha,
Itália, França, Turquia e Polónia, e enviou 4143 universitários
para 28 países da União Europeia.
A inauguração do "Bosque Erasmus" foi apenas uma das primeiras e muitas iniciativas que irão fazer parte das comemorações dos 30 anos do Programa Erasmus e que vão decorreraté ao final de 2017.
À semelhança de
outras instituições de ensino superior da Europa, a UMinho
associa-se a esta efeméride com inúmeras atividades, nomeadamente
um encontro com antigos participantes do Erasmus, um fim de
semana aberto para alunos do secundário, semanas internacionais
sobre internacionalização para docentes e funcionários, sessões
de sensibilização em escolas de Braga e Guimarães, realizadas por
alunos Erasmus, a participação em ações de solidariedade com
refugiados, umpower trail
(percurso com pontos de passagem pré-estabelecidos), no âmbito da
candidatura do Município de Guimarães a Capital Verde Europeia
2020, e uma caminhada ao Bom Jesus do Monte. As comemorações
encerram em dezembro com a exposição "30 anos do Programa Erasmus
na UMinho" e um concerto inédito da Orquestra e do Coro da
academia minhota.
Entre as várias espécies de plantas que fazem agora parte do "Bosque Erasmus" destacam-se a azinheira, o abeto azul, o vidoeiro, o freixo europeu e a faia púrpura, entre outros.
Texto: Ana Marques
(Pub. Jan/2017)