A visita à UMinho decorreu no âmbito do "Roteiro da Ciência", que ocorre no período em que se celebram os 30 anos da adesão de Portugal à Comunidade Económica Europeia. Desde a visita ao Grupo 3B´s - Biomateriais, Biodegradáveis e Biomiméticos, situado no Avepark, em Guimarães, à visita à Bosch Car Multimedia, em Braga, passando pela visita à Escola de Medicina e ao Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde (ICVS), no campus de Gualtar, na visita à Academia Minhota, o comissário ainda debateu com os interessados o tema "A União Europeia: Desafios presentes e o papel das próximas gerações" e reuniu com estudantes Erasmus, representantes da Associação Académica e universitários envolvidos em ações de voluntariado.
Dois dias de agenda
cheia em que Carlos Moedas passou a mensagem de que a Europa será
melhor e terá mais força se estiver unida, se os países
trabalharem em conjunto por objetivos comuns. "A experiencia de
fechar o mundo mostrou-se sempre negativa. Cada vez que o mundo
se fecha a riqueza desce" afirmou no debate sobre a União
Europeia. Sublinhando e pedindo aos jovens que sejam ativos em
prol do projeto europeu, caso as coisas vão no caminho que estão
"o projeto europeu pode reverter" disse.
O Comissário
incentivou ainda os jovens a fazer voluntariado, aproveitando não
só os programas das universidades, mas também o programa da União
Europeia, referindo que "estas experiências são muito importantes
para o curriculum no futuro", incentivando-os ainda a serem
interventivos, a procurarem ter mais ligação à política,
afirmando que "A sociedade e a política têm de estar envolvidos".
Sobre a Ciência e a
investigação, Carlos Moedas mostrou-se muito feliz com o que viu
na UMinho,confessando ter visto "do melhor
que há na Europa em relação à ligação entre universidade e
empresas". Afirmando ainda que "Portugal já está acima da média
no que diz respeito à ciência, no último ano fomos buscar 500
milhões de euros, tendo já um saldo positivo".
O comissário disse
ainda que "em Portugal temos cientistas que podiam estar em
qualquer parte do mundo, mas que querem estar cá, referindo que
no encontro que teve com estes lhe disseram que "estão na UMinho
porque aqui se faz o melhor na disciplina que estão a
estudar".
Quando questionado
sobre os atuais desafios impostos à Europa no que diz respeito ao
combate ao terrorismo, o responsável europeu sublinhou que a
resposta deve ser europeia "A Europa tem que manter a sua vida e
não pode fechar fronteiras, é uma ameaça que não se resolve de um
dia para o outro, sublinhando que "é um problema que não se
resolve com respostas nacionais, exige uma soberania partilhada
para em conjunto nos podermos defender" disse.
Carlos Moedas expôs
ainda que, o Ensino Secundário é fundamental para captar a
atenção dos jovens para a investigação científica, reconhecendo
que "a Europa desinvestiu muito a este nível de ensino nos
últimos anos" e afirmando que "são áreas que têm de ser
potenciadas e incutidas desde cedo".
Texto: Ana Marques
Fotografia: Nuno
Gonçalves
(Pub.
Dez/2016)