A inauguração oficial contou com a presença do Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, do secretário de Estado do Desenvolvimento e Coesão, Nelson de Souza, do reitor da UMinho, António M. Cunha, dos administradores da Bosch, Carlos Ribas, Lutz Welling e Sven Ost, do responsável pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, Paulo Ferrão, entre outras personalidades.
A anteceder a
inauguração, o auditório nobre do campus de Azurém, foi palco do
debate "Sistema de Ciência & Tecnologia, o Ensino Superior e
o Emprego Científico", no qual intervieram, o ministro da
Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, o responsável pela
Fundação para a Ciência e Tecnologia e o reitor da UMinho, os
quais responderam às questões colocadas pela plateia, composta
essencialmente por investigadores e docentes.
Manuel Heitor,
apresentou as suas ideias com vista à criação e dignificação do
emprego científico, expressando que tal só será conseguido "com o
envolvimento e participação do tecido empresarial e através dos
Laboratórios Colaborativos".
O governante
referiu ainda que se pretende que sejam feitas mais contratações
ao nível do emprego científico, propondo um investimento
"tripartido" entre as Unidades de Investigação, a FCT e as
instituições de ensino superior, durante cinco anos, ao fim dos
quais há uma avaliação. Com isto a FCT pretende alcançar já este
ano, cerca de 2000 contratações. O objetivo é "estimular o
vínculo através de um contrato e não através de uma bolsa de
estudo" garantiu o ministro.
Sobre o processo de
avaliação das unidades de investigação, o ministro afirmou que
este "será totalmente independente do anterior", garantindo que
os "critérios de avaliação vão mudar radicalmente".
Após o debate, teve
lugar a inauguração do "DONE Lab" um laboratório que permitirá
poupanças de tempo no fabrico de protótipos ou ganhos de
qualidade na elaboração dos mesmos. Uma estrutura construída para
suportar os projetos de inovação "Innovative Car HMI" e
"iFactory", a qual representa um investimento de cerca de 55
milhões de euros até 2018, estando a ser desenvolvidos pela Bosch
e pela UMinho.
Uma parceria muito
elogiada e apoiada pelo ministro, que destacou como caso
"exemplar" no país, ao nível da criação de empregos e dinamização
da economia regional, caracterizando-a como "um exemplo daquilo
que devem ser os Laboratórios Colaborativos". O ministro
referiu-se a este, como um exemplo de que "só com investimento
público é que se consegue investimento
privado".
Para António Cunha,
"este projeto é mais uma evidência da singularidade da parceria
entre a Bosch e a UMinho, criando um espaço para investigadores e
um laboratório na fronteira da tecnologia com características
únicas na universidade portuguesa, na infraestrutura e no
ambiente colaborativo que proporciona."
Para Carlos Ribas,
administrador técnico da Bosch em Braga e representante da Bosch
em Portugal, o projeto "vai potenciar o desenvolvimento de
competências críticas de colaboradores da Bosch e investigadores
da UMinho, podendo assim responder com sucesso à complexidade dos
novos produtos a serem produzidos em Braga".
A parceria entre a
Bosch e a UMinho já gerou algumas centenas de empregos num
investimento total de cerca de 75 milhões.
Texto: Ana
Marques
(Pub. Nov/2016)