As comemorações ficam obviamente marcadas pelo balanço destes 40 anos de vida do ICS, pelos desafios para o futuro, bem como, por algumas boas notícias que serão certamente importantes na vida do Instituto e da própria Universidade.
Uma das grandes novidades, a qual foi anunciada pela presidente do ICS, foi a aprovação recente pela A3ES da licenciaturaem "Proteção Civil e Gestão do Território", uma proposta conjunta entre do ICS e da Escola de Engenharia e que conta com a participação de mais cinco escolas da UMinho (Ciências, Direito, Educação, Psicologia e Enfermagem).
Sobre esta nova licenciatura,Helena Sousa garantiu que o ICS, principalmente através do seu Departamento de Geografia "pretende responder aos novos desafios da prevenção e da proteção civil e às mais prementes necessidades ao nível da gestão das florestas e do território".
A responsável do ICS
destacou também a criação e o arranque este ano da licenciatura
em Criminologia e Justiça Criminal, salientando a "fortíssima
procura" deste.
Sobre estes e outros
projetos, a presidente garantiu que o ICS "procurou sempre
refletir sobre as necessidades sociais e procurou (e procura!)
responder às necessidades concretas dos seus alunos e das
comunidades que serve".
Foi nesta linha de pensamento e na ligação à sociedade que também o Reitor dirigiu o seu discurso, referindo que as universidades estão sujeitas ao desafio de fazer mais e melhor, mas mais que isso "têm que fazer bem e mostrá-lo", frisando que um dos principais desafios das universidades será "que tenham impacto na sociedade" disse.
Assinalando o
percurso "interessante" do ICS, António Cunha garantiu que a
Universidade está empenhada em concretizar o sonho do ICS de ter
um Centro Multimédia, bem como encontrar soluções para novas
instalações para o curso de Geografia.
A proximidade com a sociedade foi o tema dominante, e Maria Fernanda Rollo não foi exceção dizendo que um dos maiores desafios que se impõem às ciências sociais e humanas é a relação de proximidade com a sociedade ?não podemos continuar a trabalhar sem uma relação colaborativa com a sociedade que nos rodeia? disse. Para a governante "o conhecimento tem que ser produzido com a sociedade".
A secretária de
Estado desafiou ainda as ciências sociais a "repensar o papel da
docência, dos modelos de aprendizagem, da investigação",
defendendo uma "componente mais prática" nas áreas das ciências
socias, afirmando que o ICS da UMinho "tem tudo para prosseguir
nestes desafios".
Após isto, todos os presentes puderam assistir a uma fantástica conferência subordinada ao tema "The Convivialization of Science: the Key Challenge for Academic Institution", com Cees Hamelink, professor emérito da Universidade de Amesterdão (Holanda).
As comemorações
prosseguiram no dia 8, às 10h00, na sala de atos do ICS, com a
mesa redonda "Horizontes para as Ciências Sociais: Políticas e
Transversalidades", a qual juntou os especialistas
Fernanda
Ribeiro e José Azevedo (ambos da Universidade do Porto), João
Ferrão (Universidade de Lisboa) e José Neves (Universidade Nova
de Lisboa).
Texto: Ana Marques